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Esportes Aquáticos

Cielo admite fazer mudanças na carreira por medalha em 2016

3 set 2015 - 14h11
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Dono de três medalhas olímpicas, o nadador Cesar Cielo está disposto a fazer mudanças radicais em sua rotina de treinos e preparação para voltar a subir ao pódio depois da decepção do Campeonato Mundial de Kazan. O atleta abandonou a competição com uma lesão no ombro e quer retomar a forma vencedora nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.

Cielo deixou o Mundial de natação da Rússia antes mesmo de brigar para defender o tricampeonato dos 50m livre, prova em que é especialista. Ele acusou a lesão na disputa dos 50m borboleta em que ficou apenas na sexta colocação - ele buscava seu terceiro título consecutivo no evento, já que foi campeão em Xangai 2011 e Barcelona 2013.

"Não é porque está a um ano das Olimpíadas que é para ter medo. Algumas coisas a gente vai ter que repensar para o próximo ano, mas não tenho receio nenhum de fazer uma mudança brusca ou muito grande na carreira. O importante é o resultado vir e vou fazer o que estiver nas minhas mãos para conseguir isso", explicou Cielo, ouro em Pequim 2008 e bronze em Londres 2012 nos 50m livre. Na China, ele ainda ficou em terceiro nos 100m livre.

O nadador brasileiro se acostumou a trocar de técnico e local de treinamento nos últimos anos, mas isso não deve acontecer novamente até as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Cielo quer continuar trabalhando sob orientações de Arilson Soares da Silva, o Ari. E na maior parte do tempo em São Paulo, onde seu primeiro filho, Tomas, deve nascer nas próximas semanas.

A possibilidade de mudanças em sua rotina foi levantada por Cielo depois de seu ano mais fraco de resultados desde que se tornou um dos atletas de elite da natação mundial. O paulista não disputou os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 buscando melhor desempenho em Kazan, onde sofreu com a lesão no ombro.

O brasileiro já está de volta aos treinos em São Paulo, mas ainda sem grande intensidade. Como o próximo objetivo é o Torneio Open, apenas em dezembro na cidade catarinense de Palhoça, a atual programação de atividades de Cielo inclui maior quilometragem e menos velocidade de nado. A lógica vai se invertendo conforme a competição se aproxima.

“Estou conseguindo carregar coisas, tendo uma vida normal, mas sem a performance de alto nível. Já estou muito melhor do que há três semanas. É o mínimo detalhe que faz a diferença na hora da competição. O objetivo é recuperar o ombro e a confiança para fazer força como sempre fiz. Mas estou super tranquilo”, avaliou.

O Torneio Open, em dezembro, é a primeira seletiva para formação da Seleção Brasileira de natação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. A segunda deve ser o tradicional Troféu Maria Lenk, em abril do próximo ano, quando ficarão definidos os atletas que nadarão pelo País em casa.

Para Cielo, isto representa três ciclos completos de treinamento. Um para o Open. Outro para o Maria Lenk. E o terceiro para os Jogos Olímpicos. Portanto, tempo suficiente, segundo o nadador, para testar mudanças e fazer adaptações para voltar a subir ao pódio no principal evento esportivo do mundo.

“Tempo de sobra a gente tem. Em 2012, operei os dois joelhos e fui campeão mundial menos de dez meses depois (Barcelona 2013). Agora ainda estamos a um ano das Olimpíadas. Não tenho dúvida de que em dezembro estou no melhor da minha forma de novo”, garantiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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