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Esportes Aquáticos

Cielo ressurge nas águas de Barcelona, e mulheres brilham na natação em 2013

27 dez 2013 - 18h17
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Decepção nos Jogos Olímpicos de Londres, César Cielo deu a volta por cima em 2013, com vitórias nos 50 metros livres e borboleta do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em Barcelona, em ano marcado pelo alto rendimento das mulheres, entre elas Missy Franklin, Katie Ledecky, Yuliya Yefimova, Ruta Meilutyte e Poliana Okimoto.

Depois de sair "apenas" com uma medalha de bronze das piscinas britânicas, Cielo optou pelas provas mais curtas - deixando de disputar até revezamentos - e se deu bem. Nos 50 livre, o brasileiro ficou com o terceiro tempo na semifinal, mais de 20 centésimos atrás do adversário mais rápido, mas atropelou na final.

Com o tempo de 21s32, o brasileiro deixou para trás o russo Vladimir Morozov, o trinitino George Bovell, prata e bronze, respectivamente, além do americano Nathan Adrian, dos franceses Florent Manaudou - campeão olímpico e Frédérick Bousquet e do sul-africano Roland Schoeman.

Nos 50 metros borboleta, faltou pouco para dois brasileiros subirem ao pódio. Cielo ficou com o ouro ao obter o tempo de 23s01, enquanto em quarto lugar apareceu Nicholas Santos, que havia sido o melhor nas semifinais, mas acabou um décimo atrás do terceiro colocado, Frédérick Bousquet.

O terceiro ouro do Brasil em Barcelona foi conquistado por Poliana Okimoto, na maratona aquática de 10 quilômetros, prova que terminou com dobradinha, já que Ana Marcela Cunha ficou com a prata. As duas subiram no pódio também na prova de cinco quilômetros, com segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Das águas abertas ainda veio o bronze na maratona de revezamento, no terceiro pódio de Poliana Okimoto, que nadou com Allan do Carmo e Samuel de Bona.

Além da equipe, de Cielo, Poliana e Ana Marcela, também deixaram as piscinas de Barcelona com medalhas Thiago Pereira, nos 200 e 400 metros medley, e Felipe Lima, nos 100 metros costas.

O ano de 2013 é o primeiro da natação mundial sem a presença do americano Michael Phelps, que se aposentou após totalizar 22 medalhas olímpicas nos Jogos de Londres. E na dúvida sobre quem seria o sucessor, várias nadadoras apareceram como candidatas a protagonista.

Duas americanas foram grandes nomes em Barcelona: Missy Franklin, com seis ouros, nos 200 metros livres, 100 e 200 metros costas, e nos revezamentos 4x100 e 4x200 metros livres, e 4x100 metros medley, e Katie Ledecky, com quatro primeiros lugares - 400, 800 e 1500 metros livres, e revezamento 4x200 metros livres.

Ledecky e outras três mulheres foram as únicas a quebrarem recordes mundiais em 2013, contando disputas em piscinas longas. Entre os homens, nenhuma marca histórica foi superada durante toda a temporada.

A americana obteve a melhor marca nos 800 e 1500 metros livres. Além dela, a jovem lituana Ruta Meilutyte também desbancou duas marcas, nos 50 e 100 metros peitos. Na primeira das provas, ela superou a russa Yuliya Yefimova, que havia feito o melhor tempo da história nas semifinais. Já a dinamarquesa Rikke Moller Pedersen bateu recorde nos 200 metros peito.

Em piscinas curtas, os grandes nomes também foram mulheres. A espanhola Mireia Belmonte García quebrou os recordes mundiais dos 400, 800 e 1500 metros livres, e a húngara Katinka Hosszú bateu as marcas dos 100, 200 e 400 metros medley.

Os únicos recordes mundiais batidos por homens nas piscinas de 25 metros foram de equipes russas de revezamento, nos 4x50 metros livres e 4x50 metros medley.

Longe da água, 2013 foi ano dramático na vida da ex-nadadora Rebeca Gusmão, banida do esporte em 2010, três anos depois da perda de quatro medalhas nos Jogos Panamericanos do Rio.

Em agosto, meses depois de anunciar uma tentativa de voltar às piscinas, a brasiliense foi internada no Hospital Regional de Samambaia, e alguns veículos de imprensa chegaram a noticiar uma tentativa de suicídio.

Recuperada, Rebeca veio a público dizer que seu problema de saúde foi causado por intoxicação acidental de medicamentos tranquilizantes. No fim do ano, a ex-nadadora voltou a trabalhar na Secretaria de Esportes do Distrito Federal.

EFE   
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