Com "ajudinha" canadense, dupla do nado faz coreografia frenética

Celso Paiva

Direto de Guadalajara

Para conquistar uma histórica medalha de ouro em uma edição dos Jogos Pan-Americanos, o dueto brasileiro do nado sincronizado aposta em uma pequena mudança após o Mundial de Xangai, realizado em julho. Durante 15 dias do mês de setembro, a canadense Leslie Sproule deu algumas dicas às brasileiras e auxiliou a treinadora Andrea Curi a melhorar a coreografia.

Leslie, que já foi consultora de equipes de vários países, como a Inglaterra, acelerou os movimentos. "A gente voltou com o resultado meio insatisfatório, as meninas voltaram bem desanimadas. Mas a Leslie veio nos ajudar e mudou a coreografia. Diria até que está frenética", disse Andrea.

A mudança parece ter melhorado a autoestima de Nayara Figueira e Lara Teixeira. "A expectativa está muito alta. A Leslie Sproule colocou uma coreografia mais rápida, mais dinâmica, adicionou elementos, coisas a coreografia. A gente vem para os Jogos com muita confiança", disse Lara. "É uma coreografia muito mais interessante do que foi no Mundial...Creio que aqui vai impressionar bem mais".

Se a coreografia mudou, as roupas utilizadas em Xangai serão as mesmas. Com elementos da pintura de Romero Brito, o traje foi bastante elogiado durante o Mundial. Por esse motivo, as brasileiras resolveram manter. "Acho que a roupa nos dá confiança, faz a gente se sentir bem. O Brasil chega e todo mundo fica olhando. Estamos bem felizes e confiantes".

A dupla, que já tem como experiência um ciclo de Jogos Pan-Americanos e Olímpicos no currículo, chega a Guadalajara muito mais confiante do que na edição do Rio em 2007, quando ficaram com o bronze. "A gente está muito mais madura. Vemos o campeonato com outra visão. Em 2007, estávamos encantadas com tudo. Agora viemos para ganhar e vamos entrar para isso", afirmou Nayara, que apontou Estados Unidos e México como os dois principais rivais.

Para a técnica Andrea Curi, a postura do dueto mudou completamente de quatro anos para cá. "Estão cada vez mais afinadas. Não tem mais aquela coisa de novata, que assusta quando é uma competição grande. Elas já estão indo para dois Pans, tem uma medalha no currículo. A segurança e o controle já é muito maior".Pan 2011 no Terra

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