Destaque no Pan, ex-modelo admite ansiedade por ter sido última a nadar

Leandro Miranda

Direto de Londres

Revelação da equipe brasileira de natação com duas medalhas de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2011, a gaúcha Graciele Herrmann nadou abaixo do esperado e parou nas eliminatórias dos 50 m livre na Olimpíada de Londres, nesta sexta-feira. Mas não demonstrou abatimento. Com um sorriso que mostrava um piercing de diamante em um dos dentes, a atleta - que trabalhava como modelo antes de se dedicar exclusivamente ao esporte - credenciou a má atuação à ansiedade, por ter sido a última nadadora a cair na água nos Jogos.

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"Podia ter sido muito melhor, né. Mas não sei se deu nervosismo, ansiedade demais. Mas está bom, porque fiz o meu melhor na prova, é o que vale. Foi difícil (esperar até sexta para disputar a primeira prova), mas tem que segurar. Tudo vale como experiência para a minha carreira", afirmou.

Graciele - ou "Gracielo", como foi carinhosamente apelidada por suas boas marcas nos 50 m livre, especialidade do campeão olímpico - chegou a recusar trabalhos como modelo no início do ano para se focar exclusivamente na preparação para a Olimpíada. Sua chegada a Londres foi até retardada pela CBDA, preocupada com um possível deslumbramento antes da hora de competir: ela desembarcou na Inglaterra depois da maioria dos nadadores. As precauções, porém, acabaram aumentando sua tensão, segundo ela.

"Lá no Crystal Palace, onde a gente fez a adaptação, eu via as provas pela TV e já estava batendo uma grande ansiedade, apertando o coração para estar aqui. Cheguei, tive minha primeira experiência em uma Olimpíada, nadei bem. Não como eu esperava, mas é isso aí. Estava querendo muito mais", lamentou.

Com a marca de 25s44, Graciele ficou em 22º no geral. Caso tivesse repetido seu tempo de balizamento (25s12), passaria no13º lugar entre as 16 atletas que foram à semifinal. A mais rápida das eliminatórias foi a holandesa Ranomi Kromowidjojo, que já venceu o ouro na última quinta nos 100 m livre, com a marca de 24s51.

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