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Esportes Aquáticos

Dias pede investimento para divulgar e renovar esporte paralímpico

12 mar 2013 - 08h04
(atualizado às 08h29)
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Dono de dez medalhas de ouro dos Jogos Paralímpicos, o nadador Daniel Dias pediu mais investimento no esporte adaptado após vencer pela segunda vez o Prêmio Laureus, na noite desta segunda-feira. Segundo o paulista, o Brasil precisa melhorar a estrutura para atletas com deficiência e ainda renovar sua base para ter sucesso nos próximos anos.

Com a conquista do Laureus, considerado o Oscar do esporte, nesta segunda-feira, em cerimônia realizada no Rio de Janeiro, Daniel Dias se tornou o único brasileiro a receber o prêmio pela segunda vez. Ele também ganhou a honraria em 2009 por conta de sua participação nos Jogos Paralímpicos de Pequim-2008.

"A gente precisa de investimento e isso está começando a acontecer agora. Principalmente se quiser uma renovação, tem que incentivar a base. Talvez não vá colher já em 2016, mas nos próximos Jogos Paralímpicos consiga para não ficar toda a atenção em uma pessoa e a gente poder ter mais atletas, conquistas e quem sabe ficar em primeiro lugar no quadro de medalhas", disse Dias, que em Londres-2012 conquistou seis ouros, todos com recordes mundiais.

Para as Paralimpíadas do Rio de Janeiro-2016, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, estabeleceu a meta de colocar o Brasil na quinta colocação do quadro de medalhas. Mas para Daniel Dias, principal nome nacional nas duas últimas edições do evento, ainda é necessário maior atenção sobre o esporte adaptado para que o objetivo seja alcançado.

Em Londres-2012, o Brasil ficou na sétima colocação com 21 medalhas de ouro, seis delas conquistadas por Daniel Dias, 14 de prata e oito de bronze. O quinto posto ficou com a Ucrânia, que teve 34 ouros, 43 pratas e 43 bronzes.

"A gente só quer conquistar nosso espaço e acho que a gente está conseguindo isso, acabando com a fronteira entre olímpico e paralímpico e mostrando que somos atletas e ponto", avaliou o nadador.

Uma das maneiras de dar mais espaço ao esporte adaptado seria unir competições com o desporto convencional, como ocorre com as seletivas olímpicas e paralímpicas de natação da Austrália. A ideia foi prontamente aprovada pelo único brasileiro com dois Laureus na estante de casa.

"A gente se conhece, se fala e ter uma competição conjunta seria o momento de quebrar essa barreira de olímpico e paralímpico e sermos simplesmente atletas".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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