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Esportes Aquáticos

Em busca do bi, Cielo encara rival caseiro e antipatia após doping

3 ago 2012 - 07h37
(atualizado às 08h07)
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Depois de conquistar fama internacional com as medalhas obtidas nos Jogos de Pequim 2008, o brasileiro Cesar Cielo sedimentou seu prestígio com títulos e recordes mundiais, a ponto de ser absolvido após teste positivo por doping no ano passado. Na tarde desta sexta-feira, a partir das 16h (de Brasília), o astro coloca o status de intocável em jogo na final dos 50 m livre das Olimpíada de Londres. Agora, como atual campeão, ele é visto com antipatia por alguns rivais e tem até a concorrência de um compatriota: Bruno Fratus.

Nadador brasileiro Cielo defenderá a medalha de ouro conquistada em Pequim 2008 no 50 m, nesta sexta
Nadador brasileiro Cielo defenderá a medalha de ouro conquistada em Pequim 2008 no 50 m, nesta sexta
Foto: Marcelo Pereira / Terra

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Na última edição dos Jogos, ainda pouco conhecido, Cielo conquistou o bronze nos 100 m e o ouro nos 50 m livre. No Mundial de Roma 2009, foi campeão nas duas distâncias. Em Xangai 2011, repetiu o feito na modalidade mais curta e também triunfou nos 50 m borboleta. Entre as duas competições, já como recordista mundial de ambas as provas de velocidade, o brasileiro encarou a acusação de doping.

Ao lado de Nicholas Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked, Cielo testou positivo para o diurético furosemida. Fugindo do padrão em casos do gênero, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) aplicou apenas uma advertência ao astro. Insatisfeita, a Federação Internacional de Natação (FINA) levou a questão à Corte Arbitral do Esporte (CAS), que manteve a decisão.

Defendido pelo badalado advogado americano Howard Jacobs, que já trabalhou com a americana Marion Jones, Cielo alegou ter ingerido pílulas de cafeína contaminadas com furosemida. No entanto, a justificativa não conveceu alguns atletas e torcedores, que passaram a ver o nadador brasileiro com antipatia - até o russo Alexander Popov, tetracampeão olímpico, condenou a decisão da CAS.

Questionado sobre como imagina ser visto pelos adversários, Cielo dá de ombros. "Alguns são meus amigos, como o Cullen Jones e o Nathan Adrian, com os quais sempre competia nos Estados Unidos, mas o restante é indiferente. Competição é competição. Se os caras gostam ou não de mim... Tem bastante gente que eu tenho uma rixinha boba, mas é só na piscina mesmo. Fora, é tranquilo", disse o brasileiro.

Se nos 100 m livre dos Jogos de Pequim Cielo conquistou a medalha de bronze, em Londres o nadador brasileiro passou longe do pódio e terminou apenas na sexta colocação. Desde o começo, Cielo não escondeu que suas chances na distância eram pequenas e fez questão de deixar claro que a prioridade sempre foi a disputa dos 50 m.

O australiano James Magnussen, campeão nos 100 m livre em Xangai, fez uma série de provocações no período que antecedeu os Jogos Olímpicos de Londres. No entanto, decepcionou: além de ficar com a prata em sua especialidade, ele nem sequer se classificou para a briga pela medalha nos 50 m, já que terminou a semifinal em uma inexpressiva 11ª posição.

Na decisão dos 50 m livre, ainda que faça questão de lembrar que qualquer nadador pode surpreender em um evento olímpico, Cesar Cielo aponta três adversários como principais concorrentes. Além dos norte-americanos Cullen Jones, que passou para a semifinal empatado com os mesmos 21s54, e Anthony Ervin, terceiro lugar na classificação (21s62), ele cita Bruno Fratus, quarto com 21s63.

"Na final dos 50m, é claro que os nadadores da raia 1 à oito podem brigar pela medalha, mas acho que nós quatro estamos um pouco à frente dos outros", declarou. Com 21s38, marca alcançada na última edição do Troféu Maria Lenk, Cielo lidera o ranking dos 50 m nesta temporada. Para garantir o bicampeonato olímpico, ele calcula precisar fazer 21s20.

Considerado um dos candidatos à medalha pelo próprio Cielo em Londres, Bruno Fratus ganhou notoriedade ao disputar provas de igual para igual com o astro. Ainda que sejam compatriotas, ambos não costumam conversar sobre a prova dos 50 m e, antes das competições em que participam jujntos, apenas se cumprimentam de maneira diplomática.

"Vocês também não devem falar sobre jornalismo em casa e, fora da piscina, a gente é do mesmo jeito", disse Fratus quando questionado se costumava trocar ideias com Cesar Cielo sobre a disputa dos 50m livre."(Antes de nadar) é tranquilo. A gente se cumprimenta, nos desejamos boa sorte e vamos para fazer o melhor", acrescentou o competidor.

Assim como Cesar Cielo nos Jogos Olímpicos de Pequim, Fratus disputará a final dos 50 m livre em Londres sem grande responsabilidade. E pensando em um lugar no pódio. "Estou confiante para a medalha. Quem entrar sem confiança nessa prova, já perdeu. Não costumo trabalhar com números, porque isso limita. Quero nadar mais rápido e bater na frente dos outros", simplificou.

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