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Esportes Aquáticos

Mundial Paralímpico: Brasil "esquece o difícil" e ganha 4 medalhas

13 ago 2013 - 21h45
(atualizado às 22h06)
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Se no primeiro dia do Mundial Paralímpico de natação o Brasil perdeu colocações por pequenos deslizes e centésimos de segundo, no segundo os atletas do País chegaram ao sucesso mesmo quando parecia improvável. Nesta terça-feira, a delegação brasileira “esqueceu o difícil” e conseguiu quatro medalhas, sendo dois de ouro, com destaque para o multicampeão Daniel Dias e a incrível vitória de Susana Ribeiro.

<p>Brasileiro Daniel Dias conseguiu revanche sobre rival americano</p>
Brasileiro Daniel Dias conseguiu revanche sobre rival americano
Foto: Washington Alves / Mpix / CPB / Divulgação

Bronze nos 400 m livre S6 na segunda-feira, Susana conquistou a medalha de ouro nos 100 m peito S6. Seu tempo foi de 1min40s51, à frente da ucraniana Viktoriia Savtsova e da britânica Charlotte Henshaw. Ellie Simmonds, uma das estrelas mundiais do esporte adaptado, terminou com o quarto lugar. “Tudo o que eu sempre busquei, realizei hoje (terça-feira)", disse Susana, emocionada. Ela dedicou o ouro à família, amigos e Daniel Dias, que deu uma palavra de incentivo após as eliminatórias.

Daniel conseguiu a recuperação. Foi vencido pelo americano Roy Perkins na segunda-feira, nos 50 m borboleta S5. A revanche esperada veio com folga: dominou os 200 m livre e, ao bater na parede, esperou por 17 segundos a chegada do adversário, que ficou com a prata. “Ele não nadou tão bem quanto eu esperava, mas eu saio satisfeito. Ontem (segunda-feira) não foi ruim. A prata foi muito boa, mas são coisas do esporte. Nem sempre a gente consegue ganhar”, afirmou.

O brasileiro soube que a vitória seria possível ainda nos primeiros 50 m. Ao abrir vantagem e fazer a virada, notou Roy bem distante. “Aí pensei: agora já era”, disse. O objetivo no restante foi quebrar o recorde mundial de sua autoria: 2min26s51, cravado em 2010, em Eindhoven, na Holanda. Faltou pouco: terminou a prova com 2min27s83. “Vou conferir, mas acho que foi detalhe nas parciais para quebrar o recorde”.

Já Joana Neves foi além das expectativas: ficou com um bronze inesperado nos 200 m livre S5. Ela se qualificou pela manhã com o quarto melhor tempo, mas a diferença entre as marcas era grande, improvável de ser tirada. “Eu achei que teria que nadar muito”, disse a brasileira, que conseguiu: baixou quase 10 segundos para tirar a americana Alyssa Gialamas do pódio, quebrar o recorde das américas e ficar com o bronze. Seu tempo foi de 3min07s14. “Quando eu caí na água, esqueci o que era difícil e botei na cabeça que o que eu quero, eu posso, consigo”.

Assim funcionou também para Ruiter Silva, sétimo colocado nos 50 m livre S9. Ele passou longe da medalha, mas quebrou o recorde brasileiro, com 26s95. “De manhã eu já tinha feito o meu melhor tempo (27s04). A meta era nadar para 26s, e aí veio. Acredito que, por ser meu primeiro Mundial, foi um excelente resultado”, analisou. Ronystony Cordeiro, quinto colocado nos 50 m costas S4, também gostou, depois de sofrer com o nervosismo do primeiro dia: “poderia ter sido melhor um pouco, mas faz parte. Um quinto lugar em um Mundial é bom. Agora é treinar bastante, porque nossos objetivos são para 2016”.

Já Edênia Garcia conquistou a prata nos 50 m costas S4 e repetiu o resultado da Paralimpíada de Londres. “Não posso mentir: não é o resultado que eu esperava, mas melhorei muito da eliminatória para agora”, afirmou, em referência à diferença de cerca de 1s30, batendo em segundo com 53s74. Mesmo assim, trata-se de um grande feito. “O objetivo era não perder a prata, porque é muito importante manter depois de um ano (em relação a Londres 2012)”.

Ainda nesta terça-feira, Camille Rodrigues terminou os 50 m livre S9 na oitava colocação. Matheus Souza ficou em sexto lugar nos 50 m livre S11 (classe para atletas totalmente cegos), depois de se atrapalhar ao acertar a raia duas vezes durante a prova. Fabiano Aparecido Toledo acabou os 100 m peito S6 com o quinto lugar.

Fonte: Terra
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