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Esportes Aquáticos

Mundial Paralímpico de natação: 1º dia tem medo, decepção e 5 medalhas

12 ago 2013 - 22h00
(atualizado às 22h52)
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A ansiedade e o temor da estreia em uma competição de grande importância deu as caras para a delegação brasileira que disputa o Mundial Paralímpico de Natação, em Montreal, no Canadá. O sucesso e os pódios, tão comuns na história da modalidade no País, também apareceram. No primeiro dia de competição, os brasileiros alcançaram cinco medalhas, com destaque para o triunfo de André Brasil e o fracasso de Daniel Dias.

André Brasil fechou a participação brasileira na noite desta segunda-feira, dominando do início ao fim os 100 m livre S10 para ficar com o ouro. Recordista mundial da prova, ele não deu chances aos adversários. Parecia que Phelipe Rodrigues completaria a dobradinha brasileira, mas acabou passando rápido demais a primeira metade da disputa, acabou deixado para trás pelo americano Ian Silverman e ficou com o bronze

“Passei muito mais forte do que eu pensava. No final de prova, faltou tudo”, afirmou Phelipe, ainda sem fôlego. “Não foi a medalha que eu esperava, mas vou usar isso agora como motivação”, apontou. Um erro como esse custou a Daniel Dias, favorito absoluto, a medalha de ouro nos 50 m borboleta S5. O brasileiro acabou vencido por um antigo “freguês”: o americano Roy Perkins.

“Não tem nem o que falar. Não estou satisfeito com o que eu fiz. Poderia ter nadado bem melhor, mas agora tenho que me concentrar e parabenizar o Roy, que nadou super bem. Vi ele crescendo e não consegui buscar”, lamentou o brasileiro, que errou na saída, foi fundo demais e, assim, não passou da medalha de prata. “Vou estar no pódio não no lugar que eu queria, mas a gente não pode menosprezar”, apontou.

Além dos dois atletas mais gabaritados da Seleção Brasileira, o primeiro dia reservou boas surpresas como a medalha de bronze de Susana Ribeiro nos 400 m livre S6. A atleta sofre de um tipo raro de Mal de Parkinson, doença degenerativa. Ano a ano, passa por classificação para avaliar o grau de lesão. A última foi feita após a Paralimpíada de Londres, em 2012, e a fez mudar para uma classe na qual competem atletas com o físico mais comprometido. A medalha veio na primeira competição como S6.

“Para mim, é muita emoção. Subir no pódio em uma competição importante como Mundial ou Paralimpíada sempre foi meu sonho. Ano passado não peguei medalha por poucos centésimos, então toda tristeza que eu senti lá estou sentindo de orgulho agora”, afirmou a nadadora. O outro bronze brasileiro veio com Joana Neves, nos 50 m borboleta S5.

Temor e ansiedade prejudicam

Para alguns atletas, no entanto, não houve como escapar da ansiedade e do temor pré-estreia. Foi o caso de Ítalo Pereira, que nadou pela primeira vez já na final dos 500 m livre S7, na qual terminou no 7º lugar. “Estava tentando relaxar, mas não conseguia. Foi mais a ansiedade mesmo, o medo”, admitiu o atleta, que ainda ficou à frente do outro brasileiro na disputa: Ronaldo Santos ficou com o 7º lugar. “Vim de uma lesão (no punho direito), fiz um tempo no meu ver satisfatório para mim”, explicou.

Ruiter Silva, que entrou na final após desistência nos 100 m livre S9, terminou com o oitavo lugar. Edênia Garcia foi 6ª colocada nos 50 m livre S4, enquanto Camille Rodrigues terminou com o 8º lugar nos 100 m livre S9. “Foi bom, foi o esperado. Apesar de ter nadado melhor de manhã, para um primeiro Mundial foi legal. Achei um resultado foi positivo”, analisou a brasileira, resignada.

O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte: Terra
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