Mundial Paralímpico de Natação: Brasil faz última festa com 5 medalhas

O último dia de competições do Mundial Paralímpico de Natação em Montreal, no Canadá, foi mais uma vez de muitas festas para os atletas do Brasil. A equipe fechou o domingo com cinco medalhas conquistadas – duas de ouro -, uma dobradinha (André Brasil e Philipe Rodrigues) e a sensação de sucesso. Ao todo, foram 26 medalhas conquistadas na competição, terminando no 6º lugar geral.

O grande resultado do dia foi a dobradinha protagonizada por André Brasil, ouro nos 50 m livre S10, e Philipe Rodrigues, que chegou logo atrás. Brasil venceu com tempo de 23s37, enquanto o compatriota terminou com 23s89. “Eu e o Phelipe estamos há um bom tempo nessa levada. Ele sabe o potencial dele e o quanto pode melhorar. Ainda vai dar muito trabalho”, elogiou André. “Queria ter nadado um pouco mais rápido, mas foi o meu melhor tempo desde Londres. Estou feliz. Falta pouca coisa para acertar, essa não foi das melhores, mas no decorrer da prova consegui recuperar o que havia perdido na largada”, analisou Phelipe.

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Daniel Dias também subiu no lugar mais alto do pódio: chegou à oitava medalha após dominar os 50 m livre S5, com 32s41, em prova que contou com o quarto lugar de Clodoaldo Silva. Mais tarde, esses três medalhistas compuseram o revezamento 4x100 m medley, que não conseguiu pódio, terminando na sexta colocação. Se conquistasse o ouro, o feito levaria o Brasil ao quarto lugar geral, superando as expectativas do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Talisson Glock conquistou a medalha de ouro nos 50 m livre S6 – Adriano de Lima, que também nadou, terminou em sexto. “Foi uma surpresa para mim, porque é uma prova que eu nado porque eu gosto, não é a minha especialidade”, aprovou. A vitória veio com uma nova forma de nadar, desenvolvida no período que passou treinando no México antes do Mundial: “a gente tentou um estilo diferente para ter uma rotação de braço maior e acabou dando resultado. Agora é treinar mais para melhorar”.

Joana Neves foi outra a conquistar medalha em Montreal: ficou com o bronze nos 50 m livre S5. O dia do Brasil ainda teve uma particularidade: os atletas sofreram com atrasos e erros da organização. Susana Ribeiro, por exemplo, nadou os 100 m livre S6 e terminou em quinto lugar, mas saiu da piscina sem saber seu tempo. A prova não foi cronometrada. Uma numeração simbólica foi definida para todas as competidores, e o resultado foi mantido.

Problemas técnicos atrasaram o andamento da competição, o que fez com que atletas tivessem de esperar tempo excessivo antes do balizamento. O atraso chegou a quase meia hora. “Ficamos muito tempo parados. Tudo bem que a gente se mantém aquecido, mas eu estava preparado para nadar um pouco antes. Mentalmente, é difícil voltar ao estágio em que você estava”, reclamou André Brasil.

Outros cinco brasileiros também competiram neste domingo no Mundial Paralímpico de Natação. Ítalo Pereira e Fabiano Aparecido Toledo ficaram com o quinto e o sexto lugares, respectivamente, nos 200 m medley S7. Camille Rodrigues nadou os 100 m costas S9 e acabou na sexta posição. Já Carlos Farrenberg terminou na sétima colocação nos 100 m livre S13.

O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro