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Esportes Aquáticos

Mundial Paralímpico de Natação: em dia frio, Brasil brilha com medalhões

14 ago 2013 - 22h22
(atualizado às 23h09)
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É verão no Canadá, mas a temperatura nesta quarta-feira esfriou em relação aos outros dias. Com 19 °C no termômetro, mas um vento gelado para baixar a sensação térmica e fazer o público se cobrir com casacos, a Seleção Brasileira encerrou o terceiro dia de competições no Mundial Paralímpico de Natação com três medalhas, sendo duas de ouro com a participação de grandes medalhões do esporte adaptado.

Daniel Dias foi o primeiro a subir no lugar mais alto do pódio, dominando os 50 m costas S5 para ficar com a medalha de ouro. O tempo foi de 35s97, acima do recorde mundial de sua própria autoria (34s99). Uma das dificuldades foi justamente a queda de temperatura. “O recorde eu já sabia que seria um pouco difícil devido ao clima, mas saio satisfeito. Dei o meu melhor”, disse.

“Está muito frio hoje (quarta-feira). De manhã eu senti um pouco, e agora antes da prova, também. Complica porque você não entra totalmente aquecido”, explicou. Matheus Sousa, que ficou com a prata nos 400 m livre S11, também não gostou, ainda mais porque sua prova demorou muito para começar, atrasada pela entrada de um atleta que precisava retirar sua touca do fundo da piscina.

“Não é uma coisa normal. Eu tinha até falado com o fisioterapeuta antes, e ele me passou uma respiração para ativar bastante (o corpo)”, explicou o nadador totalmente cego, empolgado pelo pódio alcançado – foi vencido pelo espanhol Israel Oliver. “Prova de 400 m é assim mesmo: é botar o ritmo na cabeça. Acompanhei o cara o tempo todo e no final até tentei rodar mais o braço para alcançar”, afirmou.

O outro pódio da noite foi conquistado com presença de medalhões como Daniel Dias – com sua 4ª medalha em três dias de evento – e Clodoaldo Silva, acompanhados por Adriano Lima e Ronystone Cordeiro de Lima. Foi uma vitória dupla, primeiro porque precisaram vencer a potência paralímpica Ucrânia, prata; depois porque chegaram a ser desclassificados por um erro na passagem, mas a decisão foi revertida.

“Revezamento é diferente do individual. Em um, você tem que ficar parado. No outro, você pode se projetar para sair só quando o outro tocar a parede. Como nossa equipe é muito experiente, nós temos a segurança de sair mais lançado”, explicou Clodoaldo. “Nunca fomos desclassificados, e espero que nunca sejamos”, complementou, contente pela medalha de ouro.

O dia foi frio também porque menos atletas brasileiros foram à piscina em relação aos outros dias do Mundial. A quarta-feira também teve a participação de Talisson Glock, 6º colocado nos 50 m livre S6; Letícia Freitas, 5º lugar nos 100 m borboleta S13; e Caio Oliveira, que terminou os 400 m livre S8 com a 6ª colocação.

O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte: Terra
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