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Esportes Aquáticos

Nadadora espanhola irá à África para se ambientar ao clima tropical

14 dez 2015 - 10h31
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Já vislumbrando a conquista do ouro inédito nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, a campeã mundial Mireia Belmonte, primeira nadadora espanhola a conseguir duas medalhas em uma Olimpíada, corre contra o tempo para voltar à boa forma. Recuperada de uma lesão no ombro, Belmonte fará um retiro na África do Sul no início do ano para se ambientar ao clima tropical semelhante ao do Rio.

Aos 25 anos, Mireia Belmonte precisou abrir mão do Mundial de Kazan, na Rússia, por conta de uma lesão nos tendões do ombro que a impediam de fazer o movimento das braçadas de forma plena. Recuperada da tendinite, a espanhola já somou cinco medalhas de ouro na Copa de Amsterdã, no fim de semana.

“Sei que essa experiência fez eu me sentir mais segura. Me deu segurança na hora de competir e mais vontade de conquistar mais. Se eu tivesse ganhado o ouro (nas Olimpíadas de Londres) haveria visto tudo com mais calma. Mas ganhei a prata, ainda mais nos 200m borboleta, onde o ouro escapou nos últimos metros”, comentou a nadadora em entrevista ao El País.

Determinada a estar no lugar mais alto do pódio no Rio de Janeiro, Belmonte vai cumprir uma rotina rígida de treinos até o Aberto da Espanha, em março, competição na qual pode garantir vaga para as provas de natação dos Jogos. O técnico Fred Vergnoux elaborou um plano de treinos regrado, que contará até com clínica em Pretoria, África do Sul.

“Competiremos em todos os fins de semana até 24 de dezembro e, dia 27, embarcaremos para Pretoria. Como será verão na África do Sul, estaremos em uma condição climática parecida com a do Rio. Um pouco de calor é bom porque permite treinar em uma piscina a céu aberto. A piscina coberta dificulta a respiração, o cloro e o calor gastam, a fadiga aumenta”, disse.

Profissional na natação desde 2007, Mireia admite que o problema afetou consideravelmente seu rendimento nos últimos tempos. “Sempre tive dores no ombro, mas nunca tão contínuas. O dia que um esportista de elite não tem dor é raro. Tem que sentir dor física porque coloca o corpo no limite. No último ano olímpico, antes de Londres, eu estava exausta, não tinha força para nada”, relatou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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