Sem clube, Thiago Pereira lamenta crise do esporte olímpico no Brasil
Thiago Pereira conseguiu seu melhor resultado na carreira a ficar com a prata dos 400 m medley da Olimpíada de Londres, prova em que superou até mesmo a lenda Michael Phelps. Poucos meses depois, entretanto, o nadador está sem clube. A situação do atleta não é exceção, fato que fez com que o carioca lamente a atual fase do esporte olímpico no Brasil.
Thiago deixou o Corinthians em dezembro de 2012 e está sem clube desde então. Além dele, Cesar Cielo viu seu vínculo com o Flamengo ser encerrado quando a agremiação acabou com a equipe de natação. O clube ainda fechou sua ginástica olímpica, o que afetou nomes como Jade Barbosa e os irmãos Daniele e Diego Hypólito.
"Engana-se quem pensa que a Olimpíada de 2016 não começou. Um grande resultado não sai de um dia pro outro. É preciso se comprometer antes e o esporte brasileiro como um todo sofre com indefinições. A natação e a ginástica são exemplos", disse Thiago.
"Todo atleta de alto nível precisa de tranquilidade para treinar e competir. Uma situação como essa acaba interferindo. Há pouca movimentação no mercado e os nadadores estão preocupados. Teremos um Mundial no meio do ano e a única seletiva será no próximo mês", lembrou o atleta.
O nadador trabalha provisoriamente com Felipe Domingues, assistente de Alberto Silva, seu ex-treinador e atual técnico da Seleção Brasileira. Thiago quer voltar a trabalhar com Albertinho, mas também estuda a possibilidade de retornar para Los Angeles, nos Estados Unidos.
"O Alberto Silva me ajudou na prata olímpica e quero repetir a parceria em 2016. A adaptação seria lenta em outra instituição com filosofia diferente de trabalho. O tempo está correndo. A relação com os clubes tem e deve ser próxima. Treinar uma ou duas vez por semana no local é possível", disse Thiago.
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