Natação: seletiva americana terá sinais de mão para atletas surdos
20 abr2012 - 14h01
(atualizado às 14h27)
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O órgão da natação dos Estados Unidos permitiu que sinais de mãos sejam feitos para nadadores surdos no início das provas na seletiva americana, em julho, para os Jogos Olímpicos de Londres. Segundo o jornal Washington Post, a decisão reverte a organização do evento, que havia decidido para não usar os sinais, porque eles não cumprem as regras da Federação Internacional de Natação (Fina).
O anúncio teve grande influência de Marcus Titus, atleta surdo e especialista no nado peito, que há algum tempo vinha reclamando dessa proibição, alegando que os nadadores com problemas de audição tinham desvantagem em relação aos outros atletas.
Antes das provas, Titus e outros nadadores surdos se preocupavam com as instruções dos árbitros para subir na plataforma e também no momento da largada, o que é feito com um sinal sonoro. Assim, Titus ficava atento com a reação dos outros atletas para poder dar início as provas, mas sempre sofria com um pequeno atraso. E em um esporte que as provas são decididas por centésimos e até milésimos, os nadadores com problemas de audição acabavam prejudicados.
Agora eles poderão se preparar para o início das provas ao serem alertados por um árbitro que fará o sinal com a mão, representando para os atletas ficarem em suas marcas. E uma luz que será acessa nas plataformas para sinalizar o início das provas.
No último mês, Titus cravou o melhor tempo entre os americanos na prova dos 100 m peito. O nadador bateu Brendan Hansen, que conquistou quatro medalhas olímpicas, por 0,18 s.
Se conseguir a classificação para Londres, o nadador americano terá que batalhar mais uma vez. Mas agora ele terá que apelar para a Fina realizar algo semelhante (como o sinal com a mão) nos Jogos Olímpicos.
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Detentor dos recordes mundiais nos 100 m e 200 m rasos (9s58 e 19s19, respectivamente), o jamaicano Usain Bolt é considerado o homem mais rápido do mundo. No entanto, para John Barrow, que publicou artigo na revista britânica Significance, o atleta pode correr 0s10 abaixo de sua melhor marca nos 100 m apenas com a ajuda da matemática, sem alterações nos treinos ou performance atlética. Confira o caminho apontado pelo cientista para Bolt "voar" na pista:
Foto: Getty Images
Reação:Apesar de ser o velocista mais rápido do mundo, Bolt ainda "apanha" dos adversários na largada. Nos Jogos de Pequim 2008, o atleta foi o segundo mais lento a reagir após o tiro, e no Mundial de Berlim, quando quebrou o recorde mundial no ano seguinte, teve a terceira pior saída
Foto: Getty Images
Como o jamaicano consegue correr até 10,6 m/s, ele precisa melhorar seu tempo de reação. Em Pequim, o atleta largou 0s165 após o tiro, mas o homem mais rápido naquela noite o fez em 0s133. Se Bolt conseguir melhorar o reflexo na largada para os mesmos 0s13 do adversário, ele chegaria à marca de 9s56, um novo recorde mundial. E se o velocista fosse ao limite do corpo humano, com 0s1 de reação, a marca chegaria 9s53
Foto: Getty Images
Vento em popaÉ notório que a velocidade do vento influencia no resultado das corridas, empurrando consideravelmente os atletas. Por isso, um recorde mundial somente é considerado válido se o vento soprar a 2 m/s, no máximo
Foto: Getty Images
No caso de Bolt contar com o vento máximo permitido de 2 m/s na final dos 100 m rasos, no dia 5 de agosto, no Estádio Olímpico de Londres, mantendo o mesmo desempenho do Mundial de Berlim, o recorde mundial cairá 0s05
Foto: Getty Images
AltitudePara Bolt melhorar mais ainda sua performance na curta distância, uma grande ajuda seria competir em locais de altitude elevada. Segundo o estudo de Barrow, o jamaicano perderia 0s03 a cada 1.000 m acima do nível do mar, por conta do ar mais rarefeito, que causa menor atrito. Entretanto, o atleta não contará com este fator nos Jogos de Londres, pois a capital britânica está situada praticamente no nível do mar, com 24 m de altitude
Foto: Getty Images
Assim como o vento, a altitude também reflete no registro das melhores marcas da história. Para que um recorde seja computado, o local da competição deve estar a 1.000 m, no máximo, acima do nível do mar
Foto: Getty Images
Cenário idealSegundo o cientista, Bolt tem grande chance de quebrar a própria marca e firmar cada vez mais seu nome na história. Se o atleta conseguir o cenário ideal, com ventos de 2 m/s, altitude de 1.000 m e uma reação na largada de 0s1, o atleta chegaria à estonteante marca de 9s45, 0s13 - uma "eternidade" na prova - abaixo do atual melhor tempo nos 100 m rasos