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Federer provoca choro e histeria em primeira noite em São Paulo

7 dez 2012 - 05h04
(atualizado às 05h24)
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A multidão de cinegrafistas e fotógrafos já está posicionada em frente à saída do vestiário do Ginásio do Ibirapuera há minutos, fumaça cenográfica paira no ar e Roger Federer não aparece para sua partida inaugural diante dos fãs brasileiros que pagaram até R$ 990 para vê-lo de perto. A espera e a tensão são quebradas pouco após as 21h30 desta quinta-feira, quando o melhor tenista de todos os tempos finalmente coloca os pés na quadra montada em São Paulo para o primeiro de uma série de jogos de exibição. A reação do público é imediata: aplausos longos, gritos duradouros e lágrimas para o único homem a vencer 17 Grand Slams.

Minutos antes, o público brasileiro já havia demonstrado a ansiedade com que aguardava a aparição de Roger Federer. A última parte do protocolo de apresentação da partida entre o suíço e o brasileiro Thomaz Bellucci, um discurso das autoridades municipais e estaduais, não foi bem recebido pela torcida, que vaiou tentando encurtar o processo.

Mas mesmo com o público calado, era possível perceber a idolatria ao vice-líder do ranking mundial. Bandeiras da Suíça e camisetas com motivos do país de Federer estavam espalhadas pela arquibancada do Ginásio do Ibirapuera, ao lado de faixas de apoio ao jogador europeu. Antes dos pontos, os gritos de "Vai Roger", em pelo menos três idiomas, eram mais frequentes do que os de incentivo ao brasileiro que jogava em casa, fato raro durante toda a temporada do circuito mundial.

O esforço de Thomaz Bellucci durante o jogo foi recompensado pela torcida nacional, que comemorou com entusiasmo as boas jogadas do brasileiro. Mas quando Federer demonstrou os motivos pelos quais é considerado o maior jogador de todos os tempos, o público levantou e aplaudiu aos gritos.

Mesmo sem precisar ganhar a torcida, o tenista suíço se esforçou para interagir com os brasileiros que praticamente lotaram o Ibirapuera. Não manteve o estilo debochado dos irmãos Mike e Bob Bryan, que abriram o evento jogando com Marcelo Melo e Bruno Soares. Fez a seu jeito: brincou com os boleiros, esboçou sorrisos após boas jogadas, fez embaixadinhas com a bola após um erro e chegou a participar da "Ola" feita pelos torcedores.

Ironicamente, o ponto final de partida foi um raro erro de Federer, que mandou a bola na rede e viu Bellucci vencer por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 3/6 e 6/4, gerando um misto de euforia e tristeza nos presentes. Só não aplaudiu quem segurava o celular ou uma câmera fotografíca para registrar o momento final da partida. Após um discurso de agradecimento, o suíço se despediu da torcida brasileira mandando bolinhas para a arquibancada.

De banho tomado e já cerca de uma hora após o término da partida, Federer se espantou com o contínuo assédio dos fãs na saída do vestiário. "Aqui estão alguns dos fãs mais emotivos que já encontrei. Vi pessoas chorando ao me ver. Isso aconteceu outras vezes, mas mais aqui do que em qualquer outro lugar", revelou

O duelo com Bellucci não foi o único da programação do tenista suíço em São Paulo. Ele volta à quadra no Ginásio do Ibirapuera para enfrentar o francês Jo-Wilfried Tsonga no sábado, dia que já tem ingressos esgotados, e o alemão Tommy Haas no domingo, reeditando a final do ATP 250 de Halle desta temporada.

Os ingressos para as cadeiras superiores do Ginásio do Ibirapuera custam R$ 500. Os das cadeiras inferiores, R$990.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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