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Felipão mantém discurso de favoritismo e nega pressão exagerada sobre jogadores

3 jul 2014 - 17h56
(atualizado às 18h37)
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Apesar das atuações abaixo do esperado e do sufoco no jogo contra o Chile, o técnico Luiz Felipe Scolari afirmou nesta quinta-feira que o Brasil permanece com uma mão na taça da Copa do Mundo e negou que o favoritismo proclamado pela comissão técnica tenha resultado em pressão exagerada sobre os jogadores.

Técnico Luiz Felipe Scolari participa de treinamento no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. 3/7/2014
Técnico Luiz Felipe Scolari participa de treinamento no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. 3/7/2014
Foto: Yves Herman / Reuters

"Continua, já vamos para o quinto passo, não esqueça que são sete passos", respondeu o treinador ao ser questionado durante entrevista coletiva, nesta quinta, se o discurso de favoritismo da seleção continuava o mesmo do início da Copa.

Logo no primeiro dia de preparação do Brasil para o Mundial o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira afirmou que a seleção brasileira já estava "com uma mão na taça" por jogar a Copa em casa com o apoio do torcedor.

Desde então, porém, o time falhou em repetir as boas atuações da conquista da Copa das Confederações do ano passado e esteve muito perto de ser eliminado pelo Chile nas oitavas de final, numa partida em que levou uma bola no travessão no segundo tempo da prorrogação.

O Brasil acabou vencendo no pênaltis, mas as cenas de choro de jogadores importantes como Neymar e o capitão Thiago Silva geraram um amplo debate sobre o estado emocional dos jogadores, diante da pressão para ser campeão mundial em casa.

Mesmo assim, Felipão garantiu que o status do Brasil na Copa do Mundo permanece o mesmo.

"Continuam aquelas declarações do Parreira, foram espetaculares. Não podia ser diferente, não deveria ser diferente, nossa população não esperava nada diferente, eles querem que a gente coloque para eles o que nós queremos. Continuamos com esse mesmo discurso", acrescentou o treinador, na entrevista no estádio Castelão, onde o Brasil enfrentará a Colômbia na sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

O treinador, no entanto, destacou o equilíbrio do Mundial até agora e ponderou que se o Brasil perder "vai continuar a vida" de todos os jogadores. Para destacar a dificuldade da Copa para todas as equipes, Felipão lembrou dos oito confrontos das oitavas de final, cinco foram para a prorrogação.

Segundo Felipão, ele perguntou aos jogadores se a comissão técnica teria colocado pressão sobre o grupo ao proclamar o favoritismo do Brasil antes do início da Copa. O técnico afirmou que o grupo garantiu que a cobrança parte dos próprios atletas.

"Eles sabem que todo jogo é eliminatório e que podem ser vencidos e estarão eliminados. Nós temos uma meta, e dentro dessa meta eu converso com os jogadores e pergunto a eles se fui eu que dei essa responsabilidade a eles. Os jogadores disseram que esse é o normal de um campeonato mundial no Brasil", afirmou.

"Se não tivéssemos feito dessa forma não teríamos o que temos hoje de retorno dos torcedores. Nós temos que assumir, temos que buscar dentro de campo", acrescentou.

O treino da seleção brasileira ocorreu nesta quinta no estádio Presidente Vargas, em vez do Castelão, para preservar o gramado do local da partida. Os colombianos também não farão o chamado treino de reconhecimento do gramado da arena.

O vencedor de Brasil x Colômbia enfrentará nas semifinais o ganhador de França x Alemanha, que jogam também na sexta-feira, no Maracanã.

(Edição de Tatiana Ramil; e Maria Pia Palermo)

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