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Com Flamengo recheado de volantes, Jorginho tem estreia melancólica

23 mar 2013 - 20h56
(atualizado às 20h56)
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O retorno de Jorginho ao Flamengo foi bem diferente dos tempos de jogador, nos quais o então lateral direito rubro-negro e da Seleção Brasileira jogava ao lado de craques como Zico, Renato Gaúcho e Bebeto, e para grandes plateias. Diante de um público pífio no Engenhão (4.171 pagantes), o novo técnico do time que mais vezes conquistou o campeonato estadual estreou à frente da equipe, pela competição regional, com um melancólico empate por 0 a 0.

Com uma semana de trabalho, o Flamengo de Jorginho não mostrou qualquer evolução em relação ao time que vinha se apresentando com o ex-técnico Dorival Junior. Com algumas alterações e um esquema tático diferente - 4-4-2 no lugar do 4-3-3 -, optou por uma escalação com mais volantes no meio (Amaral, Elias, Ibson e Cleber Santana), o que se revelou inoperante durante o jogo.

<p>Elias foi um dos volantes escolhidos por Jorginho para o meio-campo</p>
Elias foi um dos volantes escolhidos por Jorginho para o meio-campo
Foto: Cleber Mendes / Agência Lance

Jorginho acompanhou a partida, o tempo todo, de pé na área técnica destinada ao treinador. Teve postura discreta, sem gesticular muito e fazer reclamações com a arbitragem. Em um primeiro tempo de poucas oportunidades de gol, pareceu lamentar, ao aplaudir de forma incisiva, as chances não aproveitadas por Hernane e Ibson, as mais claras da etapa inicial de jogo.

Deu muitas orientações especialmente para o jovem atacante Rafinha, uma das revelações das divisões de base do clube. No início do jogo, após cobrança de escanteio no ataque do Flamengo, orientou Rafinha a fechar os espaços na saída de bola do Boavista. Em outro momento, quando o atacante dominou a bola na intermediária do Boavista, Jorginho não titubeou: “vai dentro, vai dentro”.

Ainda no primeiro tempo, conversou na beira do campo, de forma separada, com Ibson, enquanto o goleiro Felipe era atendido pelo departamento médico, mas até o intervalo, continuou vendo um péssimo futebol no Engenhão.

Na etapa final, o jogo melhorou um pouco, com algumas oportunidades de gol a mais criadas. O Flamengo, no entanto, seguiu jogando mal, e Jorginho começou a demonstrar certa impaciência. Aos 20min, decidiu apostar em uma formação mais jovem e veloz, ao colocar Gabriel e Nixon nos lugares de Cleber Santana e Ibson.

Jogando um pouco melhor, o Flamengo começou a chegar mais à área do Boavista. Em um chute de Rafinha defendido pelo goleiro Vinicius, levou as mãos à cabeça, como se não acreditasse no que estava vendo. Um pouco depois, Hernane cabeceou com bastante perigo na área do Boavista, e Jorginho passou as mãos na cabeça três vezes seguidas.

Na parte final do jogo, a chuva caiu mais forte no Engenhão. Enquanto o técnico do Boavista, Lucho Nizzo, se protegeu com uma capa, Jorginho permaneceu da mesma forma à beira do campo. Passou a olhar muito mais vezes para o relógio, preocupado com o empate que mantinha o Flamengo sem conseguir vencer na Taça Rio. Molhado, seguiu vendo o mesmo futebol fraco que sua equipe apresentou até o final e percebeu que terá muito trabalho para acertar o time.

Fonte: Terra
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