Fla e Flu improvisam "mordaças" em apoio a Luxemburgo
O clássico entre Flamengo e Fluminense já tem quase 103 anos de idade, mas o duelo viveu um momento atípico neste domingo. Antes do apito inicial, as duas equipes entraram em campo juntas e posaram perfiladas para o hino nacional com a mão na frente da boca, em um gesto que simulava uma "mordaça" em protesto à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
Embora a rivalidade Fla-Flu permaneça enorme, sendo a única tratada como patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, os dois clubes manifestaram seu apoio ao técnico rubro-negro Vanderlei Luxemburgo, que utilizou uma faixa na boca na última sexta-feira , durante uma entrevista coletiva, para sustentar sua reclamação sobre a punição aplicada pela Ferj - julgado pelo TJD-RJ, o treinador pegou um gancho de dois jogos por criticar a entidade máxima do futebol fluminense, e não está presente no Maracanã para presenciar o confronto.
A disputa política com a Ferj teve início logo no começo do Campeonato Carioca, tendo o preço dos ingressos como uma de suas causas. Além de "amordaçados" com as próprias mãos, os atletas também foram ao gramado com fitas pretas no uniforme.
Na véspera do clássico, surgiu a possibilidade de que os dois times poderiam tocar a bola de lado por dois minutos após o apito inicial; a estratégia de protesto, entretanto, parece ter sido revogada após os rumores de que o presidente da Ferj, Rubens Lopes, poderia orientar o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães a atribuir 22 cartões amarelos, um para cada jogador em campo.
Gazeta Esportiva
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