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Fla faz história e conquista Intercontinental de basquete

28 set 2014 - 13h51
(atualizado às 14h32)
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Impossível no calor do jogo medir o tamanho da conquista do Flamengo. Campeão mundial Intercontinental em cima do Maccabi Tel Aviv, por 90 a 77. O adversário é nada mais, nada menos do que o campeão europeu de basquete. Um título que o Brasil não via desde o Sírio em 79. Gerações e mais gerações de que adoram o esporte viram a NBA se encher de brasileiros, mas não tinham visto um time conquistar esse prêmio. Vasco e Pinheiros tentaram e bateram na porta. Agora o Flamengo pode se orgulhar de mais essa conquista, que eleva a responsabilidade do clube com o esporte.

Pivô argentino Walter Herrmann sobe na cesta para festejar a conquista
Pivô argentino Walter Herrmann sobe na cesta para festejar a conquista
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / Divulgação

Laprovittola, com 24 pontos, foi grande na condução do time. Olivinha um reserva de alto nível. Marquinhos, sem dúvida, padrão NBA (dizem que estaria para acertar com os Wizards nos próximos dias), e Marcelinho mostra que mesmo em dias ruins, tem estrela. O desconhecido Caracter chegou no último segundo para contribuir com sua força e José Neto soube comandar o time com frieza  acerto tático no jogo decisivo.

A partida

Os primeiros dois minutos foram de sofrimento com um 7 a 0 inicial dos israelenses, que deixaram a torcida em dúvida se apoiava o time ou se xingava os três erros consecutivos de ataque. Mas o time se encontrou em quadra rapidamente e passou a comandar o placar com oito pontos seguidos. Marcelinho, estrela do time, saiu zerado do primeiro quarto: tentou duas bolas da linha dos três e falhou as duas. Mas pelo menos hoje, o time em dez minutos fez mais bolas de três (quatro), do que em todo o primeiro jogo. Flamengo 27 a 25.

O banco do Flamengo, que tinha sido fundamental no primeiro jogo, apesar da derrota, teve que esperar até o segundo quarto para dar alternativas ofensivas ao time de José Neto. Quando finalmente Marcelinho acertou a mão, o Flamengo abriu sete pontos, sua maior vantagem no jogo, a 3 minutos do fim do primeiro tempo, obrigando o técnico do Maccabi, Guy Goodes a parar o jogo e praticamente trocar o time inteiro, para tentar reagir. Mas os erros de ataque israelenses deixavam o Flamengo mais à vontade em quadra e a diferença subiu a 11 pontos (44 x 33).

Terminar o primeiro tempo dez pontos à frente (46 x 36) é algo que o Flamengo já sabia como era. No primeiro jogo foi assim, até que Jeremy Pargo despertou e acabou com o jogo. Pelo menos no primeiro tempo deste domingo, Pargo apareceu pouco com apenas oito pontos.

Equipe do Flamengo faz pose antes da partida
Equipe do Flamengo faz pose antes da partida
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / Divulgação

(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo/Divulgação)

Mas isso foi no primeiro tempo. Porque foi só começar o segundo quarto para Pargo acertar a mão. Provocado pela torcida, Pargo deu o troco e começou a acertar o jogo israelense. A diferença caiu para quatro pontos. O ataque do Flamengo ficou apertado e começou a jogar a decisão nas mãos de Olivinha e Meyinsse. Não funcionou. E Pargo seguia. Antes do fim do terceiro quarto já tinha alcançado 22 pontos (foi cestinha do primeiro jogo com 21 e terminaria o segundo com 28).

Marcelinho Machado tenta passar pela marcação do Maccaiba Tel Aviv
Marcelinho Machado tenta passar pela marcação do Maccaiba Tel Aviv
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / Divulgação

A diferença caiu para um ponto e o jogo pegou fogo. Torcida do Flamengo acesa, cantando o hino, pegando no pé do Pargo e um Pnini entrando de vez no jogo. Ataques rápidos e com muitos erros de parte a parte em terceiro quarto de infarto na Arena da Barra. Menos mal para o time brasileiro que o placar terminou favorável no jogo (64 x 61), contra um quarto desfavorável (18 x 25).

Mas de infarto mesmo seria o último quarto. Maccabi pressionando, torcida inflamada, diferença sempre na casa perigosa dos três pontos. Até que uma bola roubada por Benite a Pargo para fazer a diferença voltar aos oito pontos. Na sequencia Larprovitolla fez uma de três e mandou a diferença a 13. Mas ainda faltava muito jogo. Mas as bolas de três pontos do Flamengo começaram a cair e as caras no banco do time israelense já davam conta da dificuldade de voltar a dominar o placar, ou a menos de perder pela diferença que lhe daria o título. A diferença caiu, mas o título ficou mesmo na Gávea e com uma torcida cada vez mais dividida entre os estádios de futebol e os ginásios.  

Fonte: Terra
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