Hexa "legítimo", Andrade exalta força do Fla e vacilo de rivais
Se para a Confederação Brasileira de Futebol o Flamengo não se sagrou hexacampeão nacional neste domingo, e sim penta - a entidade considera o Sport como dono do título de 1987 -, para um personagem em especial a vitória sobre o Grêmio o colocou como recordista de conquistas da competição: Andrade.
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Campeão cinco vezes como jogador (1980, 1982, 1983 e 1987 pelo Flamengo e 1989 pelo Vasco), o ex-volante substituiu Cuca ao longo do Brasileiro 2009 e foi apontado pelo grupo de jogadores como responsável pela arrancada que levou o time rubro-negro ao título.
Emocionado e se engasgando nas próprias palavras, Andrade misturou desabafo com emoção e, além de agradecer o apoio recebido da diretoria, especialmente de Delair Dumbrosck, presidente em exercício do clube, devolveu os elogios que recebeu de todo o grupo de jogadores.
"Eu sempre disse que o forte desse time era o grupo. Hoje (domingo), mais uma vez deu demonstração disso. É claro que alguns se destacam às vezes, mas quem ganha título é o grupo. O Pet e o Adriano não estavam em dia muito bom, mas hoje quem fez a diferença foi o todo", celebrou.
Andrade confessou também que o gostinho da taça que chegou com a virada sobre o Grêmio foi diferente - e mais especial - do que as cinco levantadas durante a década de 80. "É diferente, muito diferente. Como treinador é diferente. Quando depende de você, é um pouco mais fácil. Hoje sofri muito, mas o Flamengo é assim. Nada vem fácil. Tudo é com sofrimento, mas foi merecido. Os outros vacilaram e, quando chegou a vez do Flamengo, fizemos a nossa parte".
Assim como fez o comandante da Gávea, os jogadores do Flamengo também apontaram a força do grupo como chave para derrubar os favoritos São Paulo e Palmeiras na corrida pela taça de campeão. "Foi uma benção de Deus que me jogou no meio desse grupo guerreiro e campeão", exaltou o sérvio Petkovic, acompanhado pelo goleiro Bruno.
"Quem acompanha o Flamengo viu o que é uma força de grupo. Tenho certeza que esperavam nosso Pet, nosso Adriano ou nosso Zé Roberto para definir a partida, mas saiu lá de trás. Isso mostra nossa união e o grupo está de parabéns", comemorou o camisa 1.
Na visão do temperamental goleiro, um jogador em especial merece ser citado: Adriano. Não apenas pelos seus 19 gols na competição, mas pelo seu astral elevado mesmo nas horas em que quase ninguém acreditava na conquista da taça.
"Passamos por uma situação difícil, mas, mesmo quando estávamos lá embaixo, mais perto do rebaixamento do que da Sul-Americana até, nas reuniões, o Adriano falava em título, o nosso Imperador. Esse foi nosso foco".
Gazeta Esportiva
