Presidente do Flu compara Carioca com época da ditadura
O Brasil viveu sob regime da ditadura entre as décadas de 1960 e 1980 e conviveu com o coronelismo por anos. E, segundo o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, esta época é preservada por alguns dirigentes da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj). Irritado com a derrota no clássico para o Flamengo, que deixa o Fluminense ameaçado de eliminação na Campeonato Carioca, Siemsen não economizou ataques à entidade, que ainda não respondeu.
“Não preciso dizer muito. Quem assistiu a rodada de hoje (domingo) viu a vergonha pelo qual passa o Campeonato Carioca. Hoje ficou claro que o Rio de Janeiro vive um tempo de 50, 60 e 70 anos atrás, como no coronelismo, temos coronéis no Rio. O futebol carioca precisa acordar, mas temos que seguir buscando mudanças. Tivemos um prejuízo muito grande contra o Flamengo, mas espero que o trio de arbitragem tenha tranquilidade na próxima quarta-feira. Espero que a vaga seja disputada no campo, somente no campo”, pediu Peter, que apoiou as críticas feitas pelo capitão Fred, expulso de forma polêmica contra o Flamengo.
“Entendo que o jogador estivesse extremamente chateado. Vimos a primeira jogada, um empurra-empurra e ele leva amarelo. Na segunda jogada, um chute no tornozelo e ele leva outro cartão. É natural que o jogador fique chateado porque ele está dolorido. O desabafo do Fred é duro, mas necessário para mostrar que somos contra. As pessoas têm que olhar esta rodada com carinho. Temos que acabar com este tipo de ditadura, de coronel, porque isso acabou”, apontou o presidente do Fluminense.
Para o próximo jogo do time, contra o Madureira, em Volta Redonda, a vaga para a semifinal estará em disputa e o presidente fez um apelo aos dirigentes da Ferj, com quem anda brigado.
“Queremos chamar atenção do trio que vai acompanhar esta partida. Espero que tenha dignidade nesta partida e estamos esperando um trabalho bem feito. Temos a chance de ganhar a vaga em campo”, lembrou o comandante tricolor.