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Técnicos de Botafogo e Flamengo criticam elitização do futebol brasileiro

29 jul 2013 - 07h41
(atualizado às 07h41)
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Os altos preços dos ingressos para assistir às partidas de futebol virou assunto para os técnicos do Botafogo, Oswaldo de Oliveira, e do Flamengo, Mano Menezes, que se entraram no domingo no empate em 1 a 1 entre as equipes. Antes da partida rolar neste domingo, no Maracanã, um protesto bem-humorado chamou a atenção de quem chegava ao estádio.

<p>Mano Menezes acredita que nem tudo da Europa dê para ser copiado no País</p>
Mano Menezes acredita que nem tudo da Europa dê para ser copiado no País
Foto: Getty Images

Um grupo de torcedores denominados a “Aristocracia Alvinegra” convocou seus companheiros da “Aristocracia Flamenga” ao longo da semana passada para protestar contra a elitização do futebol carioca. Vestidos de ternos e gravatas e tomando champanhe, os manifestantes pediam um Maracanã para todos e o fim dos preços abusivos dos ingressos para o esporte mais popular do país, o futebol.

Em tom crítico e ponderado, Oswaldo de Oliveira defendeu que é preciso arranjar uma maneira de não excluir as pessoas menos abastadas de sua paixão, o futebol. O treinador botafoguense aprovou a manifestação dos torcedores.

“Eu acho muito interessante isso (a manifestação). Acho que o público não tem tantas possibilidades, portanto, é preciso criar uma alternativa para facilitar isso (a presença nos estádios). Nós vivemos no Rio onde há populações carentes e nessas populações existem torcedores e pessoas apaixonadas por futebol, não podemos nos esquecer delas. Nós não podemos eliminar a possibilidade delas irem ao estádio e torcer pelos seus times”, falou o técnico do Botafogo, que ainda defendeu a criação de um mecanismo para que todos possam frequentar os estádios.

“O antigo Maracanã tinha a geral e isso facilitava muito essa possibilidade. Então eu acho que tem que se criar um dispositivo que facilite que as pessoas de menos posses tenham acesso ao espetáculo. Na verdade, elas são os grandes responsáveis pela emoção. A torcida fica muito mais emocionante quando temos um público maior”, concluiu Oliveira.

Já o técnico Mano Menezes utilizou um discurso diferente para defender o assunto. O flamenguista também disse entender que é preciso uma evolução até que o ideal seja alcançado, e que o modelo europeu não deve ser implantado no Brasil.

“Estamos aprendendo, vivemos uma nova realidade para o futebol brasileiro. Em um primeiro momento, se pensa que tudo pode ser feito como se faz na Europa e não podemos fazer tudo desse jeito, pela realidade do nosso país. Sabemos que o futebol tomou outro rumo, que envolve outros números. Então ele também exige algumas mudanças que fogem da realidade que sempre tivemos. Algumas vão se afirmar e outras não vão. As pessoas precisarão entender que é preciso ceder, porque essa é a parte cultural que nós não podemos perder do futebol brasileiro e que é diferenciado do mundo todo”, finalizou Mano.

Fonte: Artevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda - Especial para o Terra Artevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda - Especial para o Terra
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