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Alvo de invasão de organizada, vice do Flu condena "protesto sob encomenda"

24 mar 2015 - 19h14
(atualizado às 19h14)
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Parcialmente insatisfeita com a contratação de Ricardo Drubscky como novo técnico do time, a principal torcida organizada do Fluminense foi às Laranjeiras para protestar e chegou a invadir o departamento de futebol do clube com o suposto intuito de cobrar resultados melhores de Mario Bittencourt, vice de futebol. O fato, no entanto, não foi ignorado pelo cartola, que teceu duras críticas.

"Não foi uma manifestação, foi uma invasão da nossa sala. Eles entraram no departamento de futebol sem a devida autorização, então não considero isso como conversa, e sim como invasão do local de trabalho, das pessoas que estão aqui trabalhando e tentando fazer o melhor pelo Fluminense, ao contrário deles. Dei a eles a resposta que achei que devia dar, se vocês acharem interessante perguntar a eles, podem perguntar. Garanti que absolutamente ninguém vai interferir no nosso dia a dia, no nosso trabalho no Fluminense e nas nossas escolhas. Não me escondo, não empurro as minhas decisões para os outros, e tenho ao meu lado um profissional que é o Fernando (Simone, diretor executivo) que age da mesma maneira", criticou Mario, vice de Peter Siemsen.

Antes do treino desta tarde - o primeiro de Drubscky no comando da equipe -, a torcida organizada em questão estendeu na arquibancada uma faixa virada de cabeça para baixo, em tom de protesto pacífico. Até então, a tranquilidade parecia imperturbada, uma vez que o atacante Walter chegou a conversar e tirar foto com os torcedores. Depois, todavia, os membros da agremiação invadiram o departamento de futebol para discutir com Bittencourt.

"A suposta manifestação ocorreu de maneira revoltante, e me posicionei no sentido que não existe nenhum tipo de pressão que vai fazer com que eu mude as minhas opiniões. Isso é um protesto político, um movimento sob encomenda. Infelizmente, tem pessoas dentro do clube que acham que fazer politica é prejudicar o Fluminense. Quando estou torcendo na arquibancada, eu quero sempre o melhor para o clube. Posso dizer que quem está por trás dessa invasão é uma meia dúzia q passou pelo clube no passado e o levou para a terceira divisão. Eu tenho uma historia no Fluminense de muitos resultados, e sempre passei pelo clube em momentos de dificuldades", revelou Bittencourt.

O vice-presidente tricolor ainda aproveitou para questionar o conceito de profissionalismo que vigora atualmente no futebol brasileiro, sob o qual muitos dirigentes transformam seus clubes em "empresas".

"Acham que pagar salário é ser profissional. Ser profissional é gerir o futebol de maneira profissional, não necessariamente transformando o clube em uma empresa. Se você transformar um clube em empresa sem capacidade técnica, intelectual e científica, essa empresa vai quebrar facilmente. Como vice de futebol, digo: posso discordar ou concordar com absolutamente tudo o que é decidido pelo Fernando e pela equipe, mas estarei sempre apoiando o trabalho", desabafou, concluindo em seguida com um resumo de sua passagem atual pela vice-presidência do Fluminense.

"Sou o tipo de pessoa que costuma vir aqui para ajudar o Fluminense nos momentos difíceis. Aceitei o desafio no ano passado, mesmo com a saída de um grande patrocinador de 15 anos, porque não estou nem aí pras dificuldades. Se querem saber, gosto do desafio. Tenho grandes profissionais ao meu lado e é por isso que estou trazendo o Ricardo. Se acharem que querem ouvir o outro lado, podem ir e ouvir o que tem a dizer a torcida organizada 'Força Flu'", concluiu Mario Bittencourt.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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