Criticado, Cristóvão vê vitória para dar moral no Flu

Questionado após três empates seguidos no Fluminense, o técnico Cristóvão Borges sabia que tinha que vencer o Palmeiras, neste sábado, para dar um bico na desconfiança. Mais do que três pontos na tabela, a volta ao G-4 foi comemorada com alívio por quem viveu semanas de angústia.

"Estávamos querendo muito voltar ao G-4 e hoje aconteceu, de forma boa, diante de uma equipe grande e isso joga o nosso time para cima", avaliou o treinador, que perdeu Chiquinho, com lesão muscular, para o jogo contra o Vitória, em Salvador.

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A impaciência do torcedor era visível no Maracanã. Nem mesmo a vitória parcial por 1 a 0 levava paz aos tricolores, que mostravam uma certa cobrança com a troca de passes do time para buscar uma boa jogada. Foi assim que surgiu o lance do pênalti, convertido por Fred. Cristóvão Borges lembra que este tipo de jogada faz parte do repertório tricolor.

"O meu grande desejo no Fluminense é fazer esta equipe de muita técnica e de alto nível ter força de conjunto para fazer a diferença. Fiquei muito feliz quando vi isso acontecer, mas me frustrei quando percebi que isso gera um desgaste grande. A intensidade alta gera problemas e tenho que administrar. Temos opções de jogo e isso é necessário para sair de situações na partida. Por isso, a insistência com a troca de passes", explicou o treinador.

Sem Chiquinho, o técnico do Fluminense quer aguardar até a data da viagem para Salvador para confirmar se o titular volta à lateral-esquerda. "Carlinhos está evoluindo bem, mas não sei em que nível está para jogar. Ele vai treinar estes dias e vou saber na segunda ou na terça para confirmar", frisou Cristóvão.

Faixa na arquibancada pede saída de Cristóvão

A liberdade de expressão dada pela democracia que vive o torcedor dentro do estádio permite colocação de uma faixa pedindo a saída deste ou daquele profissional. O técnico Cristóvão Borges sentiu isso na pele no jogo. Nem mesmo a boa campanha no Campeonato Brasileiro foi levada em consideração.

Ele chegou ao Fluminense após a demissão de Renato Gaúcho, em 2 de abril. Na estreia, diante do Horizonte, comandou o time na goleada por 5 a 0 e garantiu a classificação para a fase seguinte da Copa do Brasil. E os números jogam a favor do treinador. Em 27 jogos, foram 14 vitórias, cinco empates e oito derrotas.

O que parece jogar contra foram as eliminações na Copa do Brasil, em pleno Maracanã, para o América-RN, e na Copa Sul-Americana, para o Goiás, no Serra Dourada. Mesmo assim, o treinador não perde o humor com a faixa no estádio.

"Treinador anda de acordo com resultados. A próxima que perder, levo pau. Como treinador, tenho que ganhar e dar resultado. Quando isso não acontece, serei contestado e tenho experiência para viver estes momentos e trabalhar para encontrar a melhor forma de jogar”.