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Fluminense liga sinal de alerta com 'sequência de crises' no clube

17 set 2015 - 12h42
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A goleada de 4 a 1 para o Palmeiras, na última quarta, acabou gerando a demissão do técnico do Fluminense, Enderson Moreira. Porém, a troca no comando do elenco é apenas mais um sintoma de um clube mergulhado em uma crise interna e que tem feito seus diretores ligarem o sinal de alerta.

O grupo de jogadores não se entende perfeitamente bem, com algumas divisões no plantel. Entre dirigentes, existe um clima de disputa política. Financeiramente, ainda é possível sentir os efeitos da saída da Unimed, que foi a grande patrocinadora entre 1999 e 2014. Um cenário catastrófico e que precisa ser trabalhado para evitar consequências graves.

Um conselheiro ligado ao presidente Peter Siemsen revelou que ele se mostra preocupado com o ambiente interno e que na cabeça do mandatário está o ano de 2013, quando o Tricolor desceu a ladeira no meio do Campeonato Brasileiro e foi rebaixado em campo, sendo salvo por uma punição aplicada a Portuguesa pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

“Fizemos um bom primeiro turno e podemos tirar muito mais desse time. Precisamos de um treinador que trabalhe a parte psicológica do grupo. Ainda acredito que podemos fazer os pontos necessários para terminarmos bem o Campeonato Brasileiro”, disse Peter, logo após o jogo.

O presidente está tratando pessoalmente da escolha do novo treinador, o que mostra que tomou as rédeas de um departamento de futebol comandado pelo vice Mário Bittencourt. Este, por sinal, é mal visto por diversos conselheiros por conta da personalidade forte. Independentemente do nome, o novo treinador ainda vai ter que trabalhar com um elenco dividido.

A contratação de Ronaldinho Gaúcho, que em um primeiro momento serviu de estímulo aos jovens, hoje desagrada a maior parte dos jogadores e não foi à toa que Enderson, mesmo contrariando a Peter, preferiu barrar o apoiador. Um suposto desinteresse pela causa tricolor teria deixado os atletas chateados com R10. A gota d´água teria vindo quando ele foi visitar os companheiros de Atlético-MG no vestiário do Maracanã logo depois de uma derrota por 2 a 1, quando os tricolores davam sinais de abatimento.

Líder nato no elenco, o atacante Fred também não morre de amores por Ronaldinho. O artilheiro, que lidera a maioria do plantel, evita críticas públicas ao companheiro. Esse grupo, inclusive, sofreu um baque com a saída de Enderson. Alguns conselheiros temem que o novo treinador, sob determinação de Peter, volte a escalar o apoiador apenas pelo nome e acabe tornando o clima no clube insustentável.

Isso porque a contratação do apoiador foi bancada por Peter e para muitos a medida foi apenas uma provocação ao inimigo político Eurico Miranda, presidente do Vasco, que chegou a dar a chegada do atleta a São Januário como certa. Neste clima de incerteza e com a torcida, que chegou a invadir o treino de terça-feira, revoltada que o grupo vai se preparar para o duelo de sábado, às 21h( de Brasília), contra a Ponte Preta, em Campinas (SP).

Se nenhum nome de treinador for anunciado até lá o auxiliar Marcão, da comissão técnica permanente do clube, vai dirigir o time. Sobre alguns dos nomes especulados, o de Renato Gaúcho é o que mais tem sido comentado nos bastidores, com Celso Roth correndo por fora. Porém não existe nada concreto em relação a nenhum profissional.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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