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Presidente nega interferência de Fred em decisões do Flu
O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, nas Laranjeiras, para falar de alguns temas polêmicos que estão rondando o noticiário do clube carioca. O principal deles seria uma possível interferência do atacante Fred, estrela da companhia, nas decisões do departamento de futebol. Alguns veículos publicaram que Enderson Moreira só foi escolhido treinador para a vaga de Ricardo Drubscky por ter o mesmo empresário do artilheiro, de quem seria amigo pessoal.
Peter rebateu essas acusações e disse que Fred tinha, inclusive, uma outra sugestão para comandar o elenco. O presidente do Fluminense disse que a escolha de Enderson foi decisão sua, tomada em conjunto com o vice-presidente de futebol Mário Bittencourt e com Fernando Simone, diretor de futebol.
"Isso não existiu. Não existiu interferência do Fred. Inclusive soube que ele tinha preferência por outro nome. A escolha foi nossa, minha, do Mário e do Simone. Os nomes disponíveis no mercado todo mundo sabe, são mais ou menos os mesmos quando os clubes procuram. Nós trabalhamos com o Enderson em 2012, em um momento de transição, e gostamos muito do que ele deixou. Sabemos que nos momentos difíceis os laços se reforçam, e por isso mesmo não podemos ficar falando de interferências de outras pessoas porque isso não existiu aqui", avisou o presidente.
Peter ainda fez questão de dizer que pretende manter Enderson até o fim do seu mandato. "Não gosto de ficar mudando o nome do treinador, pois isso nunca é bom. Mas é preciso agir quando não está havendo sintonia. Só consegui fazer o trabalho de longo prazo nas categorias de base e no profissional passamos algumas dificuldades nos últimos anos. Por isso mesmo gostaria de manter o Enderson até o fim do meu mandato", explicou o dirigente, que ficará na presidência até o fim de 2016.
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Além da polêmica envolvendo as supostas interferências de Fred e a troca no comando técnico, Peter teve que explicar o fato de o clube ter tido prejuízo nos dois jogos que fez no Maracanã pelo Campeonato Brasileiro. Somando o triunfo por 1 a 0 sobre o Joinville e o empate sem gols com o Corinthians, o time tricolor teve que pagar para jogar no estádio, o que contraria o contrato firmado em 2013 com o consórcio que administra o Maracanã. Nessa explicação, Peter não foi claro e deixou a imprensa ainda mais confusa.
"O Maracanã nos reembolsou em 146 mil reais pelos dois jogos. Porém, a torcida concentrada no setor sul estava gerando concorrência entre o estádio e o clube. O contrato ainda está em vigor, mas o Estadual acabou. Estamos procurando um modelo sustentável, que seja positivo para todas as partes. Não queremos ter perdas e sim ganhos, mas não é um projeto simples", disse Peter.
O momento de maior tensão na coletiva, porém, foi quando ele desmentiu que a Vitton, principal patrocinadora do clube, vinha atrasando pagamentos e chegou a pagar dois meses juntos.
"Não sei de onde partiu essa informação, mas o problema dela está na fonte, pois isso é uma grande mentira e nunca aconteceu. Temos um ótimo parceiro. Eles não atrasaram e nem pagaram dois meses juntos. Isso nunca existiu. Pagam entre o dia doze e o dia quinze, sempre dentro do período", disse Peter.
TREINO
Nesta quarta-feira, Enderson comandou um treino técnico, que foi antecedido a um trabalho físico, e seguiu preparando o time para o clássico de domingo contra o Flamengo, às 18h30 (de Brasília), no Maracanã, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador, a princípio, não esboçou nenhuma mudança na escalação em relação ao empate com o Corinthians. Porém, o treino previsto para a tarde desta quinta-feira deverá ser determinante neste sentido.
Gazeta Esportiva
