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Vice critica cunho político em invasão e prevê Flu menos “democrático”

15 set 2015 - 18h45
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“Pagam os justos pelos pecadores”. Essa foi a frase escolhida por Mário Bittencourt, vice-presidente de futebol do Fluminense, para responder à invasão de uma torcida organizada ao treino desta terça-feira. Para o dirigente, que vê cunho político na nova onda de protestos, as ocorrências recentes podem diminuir o espaço do torcedor comum no clube.

“A gente tem que proteger o pessoal que trabalha. Pagam os justos pelos pecadores. Muita gente que vem ver o treino para incentivar vai ficar sem ver. Cada vez mais, nós somos um clube democrático. A torcida vota, nós abrimos o nosso lado social votante ao torcedor, o torcedor pode pagar para ver o treino... Cada vez mais democráticos”, começou o vice.

“Infelizmente, em razão de alguns poucos, todos vão ter que sofrer. Não é só resguardar a condição das pessoas, mas sim a condição de trabalho. A gente tem um jogo importante (contra o Palmeiras) que exige uma preparação de alto nível”, alertou Bittencourt.

“Eu vi protesto em relação ao Diego Cavalieri. Na minha concepção, algo extremamente absurdo e desmedido. É óbvio que isso tem cunho político, não tenho dúvida disso. O Fluminense já passou por situações piores nos últimos anos e nunca houve nada nesse sentido, com invasões de campo. Essa meia dúzia não tem o reflexo do torcedor comum. O torcedor comum está triste e sofrido, mas continua apoiando”, comparou.

“Não conheço os que estavam ali na invasão, então não posso afirmar que são torcedores profissionais. Mas a gente sabe que, normalmente, esse tipo de atitude vem de torcedores profissionais. A gente lamenta que isso ainda venha a acontecer. Pode ser que haja algum outro interesse, que não seja só protestar contra a equipe”, ponderou.

“Um dia, eu vou morrer e o Fluminense vai continuar. Eles não podem prejudicar o andamento de um treino às vésperas de um jogo importantíssimo. Jamais tive esse tipo de conduta como torcedor do Fluminense”, desabafou. “A gente teve uma reunião muito bacana hoje, antes do treino, com pautas muito interessantes para reencontrar o caminho. A gente está fechado nesse sentido e isso só prejudica”, lamentou.

“É triste, é feio, mas infelizmente a gente ainda passa por essas situações no Brasil. Eu sinto por todo mundo, por todas as pessoas que estão aqui trabalhando. Não teve jeito, isso atrapalhou e atrasou o nosso treino. A invasão prejudicou, os jogadores treinaram em uma situação de tensão”, prosseguiu Mário.

“Não vou me alongar muito, não vou generalizar a nossa torcida. É uma parte muito pequena, e aí a gente pode avaliar se isso não tem caráter de algo muito maior do que um simples protesto. Eu botei a minha cara quando todo mundo achava que o Fluminense seria rebaixado (em 2009)”, lembrou.

“Não vou largar, não vou desistir, não sou homem de abandonar os meus desafios. A gente segue tranquilo, com a cabeça no lugar, e tenho a certeza absoluta de que a grande maioria dos verdadeiros torcedores está sofrendo, mas vai estar apoiando o Fluminense amanhã. Não tenho dúvida. A gente tá tranquilo”, finalizou Bittencourt.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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