PUBLICIDADE

"A crítica é parte de nosso negócio, é preciso viver com isso", diz C.Ronaldo

22 fev 2013 - 09h22
(atualizado às 10h45)
Compartilhar

O jogador Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, destacou em entrevista que a "crítica" é parte do "negócio" do futebol e que tem que "viver com isso", embora reconheça que "o que mais dói" é a crítica por assuntos alheios ao futebol.

Na entrevista concedida à revista "GQ", o português mostrou seu lado mais pessoal, e talvez menos conhecido, mas sempre misturado com pequenas pinceladas vinculadas a sua carreira esportiva.

"A crítica é parte de nosso negócio, temos que viver com isso. O que mais me dói é a crítica por assuntos de fora do campo. Não me incomoda quando se trata da minha forma de jogar, porque, repito, eu sou o primeiro a me cobrar quando não vou bem", reconheceu o português.

Em relação ao Real Madrid, Cristiano deixou claro que "os troféus são importantes" mas que "o resto também é".

"O Real Madrid é o clube maior do mundo, o povo espera que sempre sejamos perfeitos. Acho que sempre há espaço para melhorar", acrescentou o português.

Vinculado ao clube espanhol e a possível formação de um "clã português" no vestiário, Cristiano manifestou que a princípio se relacionou mais com Pepe e Kaká por questões de "língua comum", mas que isso "não quer dizer que haja um clã".

"Tenho um montão de amigos no vestiário do Real Madrid, não só meus compatriotas", disse.

Perguntado sobre sua relação com Alex Ferguson, levando em conta além disso a proximidade com a partida de volta da Liga dos Campeões em Old Trafford, Cristiano comentou que teve "alguns desencontros" com o técnico, mas "isso é esperado entre pessoas que trabalham juntas tanto tempo em níveis tão altos".

"Quanto ao resto, só sinto gratidão por Ferguson. É fantástico como treinador e como pessoa", destacou.

Assim, questionado perante uma hipotética volta ao Manchester que suporia trabalhar de novo com Ferguson, o português declarou que "trabalhar com os melhores profissionais é sempre uma honra".

Com isso lembrou, além disso, as primeiras palavras que o técnico escocês lhe disse. "Ser profissional, ser você mesmo, concentre-se em seus objetivos e nunca perca a fé".

Em relação à seleção portuguesa e a falta de títulos, Cristiano manifestou que "é muito mais difícil ganhar com a seleção do que com o clube".

"Portugal me deu a oportunidade de jogar partidas de alto nível e me traçar metas importantess: chegamos à final da Euro em 2004, às semifinais da Copa em 2006 e também a semi da Eurocopa do ano passado; isso é uma façanha. E seguimos sendo uma equipe jovem", acrescentou.

Sobre seu futuro, uma vez acabe sua carreira como jogador, Cristiano reconheceu que "gostaria" seguir no mundo do esporte, sem descartar virar treinador.

"O futebol é minha vida. Eu gostaria de ficar neste mundo, inclusive após deixar de jogar. Mas por enquanto, vou me concentrar nos anos que restam como jogador. O tempo dirá o que acontecerá depois".

EFE   
Compartilhar
Publicidade