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Acuado, Del Nero deve renunciar de cargo em comitê da Fifa

24 nov 2015 - 11h03
(atualizado às 12h12)
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A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) promove reunião nesta quarta (24) e quinta, no Rio, com um objetivo claro: o de prestar solidariedade ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que deve anunciar formalmente sua renúncia ao cargo no Comitê Executivo da Fifa. Ele indicaria um brasileiro para o substituir. As nove federações visitantes vão enviar representantes. Mas vários deles não são conhecidos. Isso porque dois de seus presidentes (Bolívia e Venezuela) foram presos recentemente, e outros dois (Colômbia e Chile) renunciaram ao cargo neste mês de novembro.

Presidente da CBF vê se nome ligado a casos de corrupção na Fifa e na entidade brasileira
Presidente da CBF vê se nome ligado a casos de corrupção na Fifa e na entidade brasileira
Foto: Buda Mendes / Getty Images

Esse quarteto estaria envolvido em esquemas de corrupção nas negociações para o direito de transmissão de algumas competições, como a Copa América.

Del Nero está sendo investigado pela CPI do Futebol no Senado e se diz vítima de uma cobrança que ele considera sem fundamento – o de ser criticado por dirigentes da própria CBF, presidentes de grandes clubes, políticos, torcedores e imprensa em geral por suas ausências seguidas em eventos internacionais.

Coincidentemente, isso ocorre desde que o FBI deflagrou operação de combate à corrupção no futebol mundial, no final de maio. O Brasil não tem acordo de extradição com os EUA. Há indícios de que o FBI também estaria no seu rastro.

Entre os outros cinco mandatários de federações que vão ser recebidos por Del Nero, na sede da CBF, os de Equador e Peru vivem sob suspeita em seus países, acusados de envolvimento em outros casos de corrupção.

Restariam incólumes, por enquanto, os representantes de Paraguai, Argentina e Uruguai. Mas não é bem assim. O argentino Luís Segura ainda não conseguiu explicar se vendeu indevidamente ingressos da Copa do Mundo de 2014 que ele recebeu em nome de sua federação. Foi o próprio que admitiu o deslize.

Já a federação do Uruguai tem no alvo o então presidente da entidade Sebastian Bauza, que deixou o cargo no início de 2015. Ele é outro suposto receptor de propinas no esquema desvendado pelo FBI.

No Paraguai, a atual diretoria da federação tem também uma dor de cabeça que requer como prioridade não os mais avançados analgésicos, mas sim uma atuação firme de renomados escritórios de advocacia. Na administração anterior, de Juan Angel Napout, teria havido uma movimentação no caixa da entidade de U$ 7,5 milhões sem justificativa. Napout, hoje, preside a Conmebol e é aliado de Del Nero.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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