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Agora pelo Espanhol, Real Madrid volta a vencer Barcelona na mesma semana

2 mar 2013 - 15h04
(atualizado às 15h52)
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O Real Madrid venceu neste sábado pela segunda vez em uma semana um Barcelona desfigurado, que perdeu a oportunidade de recuperar a auto-estima no estádio Santiago Bernabéu contra um rival que começou a partida repleto de reservas - entre eles Kaká - e acabou vencendo, principalmente, por ter sido mais aguerrido.

Com este resultado, o time madrilenho reduziu para 13 pontos a diferença para os arquirrivais na tabela do Campeonato Espanhol. Sergio Ramos, de cabeça, marcou o gol da vitória do Real aos 37 minutos do segundo tempo. Aos seis da primeira etapa, o francês Karim Benzema havia aberto o placar, e o argentino Lionel Messi tinha empatado o confronto aos 18.

Um clássico pode ter pitadas transcendentais, mas sempre será um duelo de alta rivalidade, destes que qualquer jogador faz de tudo para estar em campo. Isso se notou em um Real Madrid com uma formação titular inédita. Essa mesma vontade era notada no auxiliar-técnico do Barcelona, Jordi Roura, apontado como culpado pela derrocada do time nas últimas partidas e que continua na sombra do treinador Tito Vilanova, em processo de recuperação de um câncer.

O técnico do Real Madrid, José Mourinho, parece mesmo ter encontrado a fórmula para frear o Barcelona. Pode até patenteá-la, porque até com jogadores pouco habituais entre os titulares conseguiu desfigurar o padrão tático de seu grande rival.

O time catalão, por sua vez, passa por um momento preocupante. Derrotado em partidas importantíssimas, por Milan (na Liga dos Campeões da Europa) e o próprio Real (na Copa do Rei), mostrou clara falta de confiança. Apenas Iniesta parecia o mesmo.

O Barcelona jogou andando, tocando a bola sem o mesmo ímpeto que o caracteriza, e cansou os torcedores. Acabou preso nas armadilhas defensivas de Mourinho, que contavam com a colaboração do zagueiro brasileiro naturalizado português Pepe, que atuou hoje como volante e ganhou todas as batalhas no meio de campo.

Empurrado por sua torcida, o Real começou o duelo pressionando o rival. Morata passou por Daniel Alves com facilidade logo aos seis minutos e cruzou para Benzema mandar para o fundo da rede.

A intensidade dos comandados de Mourinho contrastava com a passividade dos visitantes. Além da ampla diferença de pontos na tabela do Espanhol, havia em jogo um aspecto psicológico que não podia ser deixado de lado.

O Real Madrid entregava a bola para o Barcelona, e apostava nos contra-ataques. Mas nem sempre a estratégia funciona. E quando Messi conseguiu escapar da marcação, recebeu passe de Daniel Alves e carimbou a rede no canto em que o goleiro Diego López não esperava, aos 18 minutos.

A partir daí, a partida passou de eletrizante a monótona. O futebol do Real não apareceu nem tentando pegar o Barcelona desprevenido. Kaká se esforçou, correu muito, mas infrutiferamente. Arriscou um chute cruzado, mas a bola foi parar nas mãos de Valdés. E foi o melhor que fez em campo.

Faltava um combustível à partida, mas nem mesmo depois do intervalo ele apareceu. Jogadores impetuosos como Pedro não desequilibraram como costumam fazê-lo pelo Barcelona. David Villa deixou escapar a oportunidade de provar que pode ser titular da equipe catalã, e Thiago Alcântara fez os torcedores sentirem saudades que Xavi, que não jogou.

O Real Madrid, por sua vez, não tinha a mesma consistência no meio de quando Xabi Alonso está em campo. E só voltou a acender e recuperar a garra dos primeiros minutos aos 13 da segunda etapa, quando Cristiano Ronaldo, que havia começado no banco, entrou.

O Barcelona não chutava a gol e teve sorte quando, aos 35 minutos, em cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, a bola foi parar no travessão.

Pouco depois, nem a zaga ou o goleiro Victor Valdés conseguiram impedir que Sergio Ramos, após escanteio batido por Modric, marcasse de cabeça e decidisse o jogo para os anfitriões.

A polêmica, que nunca falta em clássicos como este, ficou reservada para o final. O Barcelona partiu para cima em busca do empate e reclamou de um pênalti não marcado. Valdés, o mais exaltado, acabou expulso mesmo após o apito final do árbitro Pérez Lasa.

Para o Barça, resta agora tentar uma virada em casa contra o Milan pela Liga dos Campeões. No primeiro duelo, em Milão, a equipe foi batida por 2 a 0, e precisa ganhar por três gols de diferença em casa, no próximo dia 12, para avançar às quartas de final.

Já o Real Madrid, na competição continental, voltará a campo já nesta terça-feira, contra o Manchester United, em Old Trafford, precisando vencer - o time também pode empatar para se classificar, desde que marque ao menos dois gols.

Ficha técnica:.

Real Madrid: Diego López; Essien, Varane, Sergio Ramos e Coentrão (Arbeloa); Pepe, Modric; Callejón e Kaká (Khedira); Morata e Benzema (Cristiano Ronaldo).

Barcelona: Víctor Valdés, Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Sergio Busquets, Thiago Alcântara e Iniesta; Pedro (Adriano), Messi e David Villa (Alexis).

Gols: Benzema e Sergio Ramos (Real Madrid); Messi (Barcelona).

Árbitro: Pérez Lasa.

Cartões amarelos: Sergio Ramos, Coentrão, Morata e Arbeloa (Real Madrid); Jordi Alba, Piqué, Thiago Alcântara, Daniel Alves e Iniesta (Barcelona).

Cartão vermelho: Victor Valdés (Barcelona).

EFE   
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