Alto salário do jovem Odegaard gera discórdia com capitão do Real Madrid B

28 jan 2015 - 09h20

Contratado como uma aposta a longo prazo pela diretoria merengue, o jovem norueguês Martin Odegaard já protagonizou uma polêmica logo em uma de suas primeiras aparições junto à delegação do Real Madrid B, comandada pelo francês Zinedine Zidane. No início da semana, logo em seus primeiros contatos com os novos companheiros, o garoto de 16 anos foi motivo de descontentamento por parte do capitão do time, Sergio Aguza, que contestou o alto salário de Odegaard.

Contratado do Stromgodset, da Noruega, com passe fixado em R$ 8,2 milhões, Odegaard chegou a Madri com salário estipulado em R$ 295 mil semanais, valor muito além daquele que é recebido por grande parte do grupo. Sentindo-se injustiçado, Aguza foi um dos primeiros a contestar e "avisar" que pediria um salário igual. "Não é que me incomode, mas eu também gostaria de cobrar o que dizem que ele vai cobrar. O clube faz seu trabalho, coloca suas ideias, e no fim, cada um tem que se entregar para conseguirmos os objetivos coletivos", declarou ao Ás.

Apesar de contestar o salário do norueguês, Sergio Aguza se mostrou à disposição para auxiliar na integração do novo jogador que, segundo o capitão, será tratado como mais um atleta, independentemente do status de "revelação" com que chegou a Madri. "Vamos recebe-lo como mais um. Será recebido como Abner, como Markannen, vamos ajuda-lo para que se integre. É importante conhecer a cidade, os companheiros e saber bem o idioma. Temos que ajuda-lo para que ele esteja feliz e tranquilo", disse.

No Real Madrid desde 2008, Aguza já passou pelas categorias C e B da base e já pensa em pleitear um lugar no profissional. Em contrapartida, Martin Odegaard - oito anos mais novo que o espanhol - já confessou que não tem pressa para servir de opção a Carlo Ancelotti. Antes de integrar o time principal, o norueguês quer se ambientar ao estilo de jogo espanhol - que difere e muito do praticado nos países do Ártico.