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Ao L!Net, Luigi faz balanço de gestão no Inter e espera um 2013 desafiador

4 fev 2013 - 15h16
(atualizado às 16h30)
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Um ano desafiador para o Internacional. É o que espera Giovanni Luigi, presidente colorado, que, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net, revelou como vislumbra a temporada recém começada, destacou como a chegada de Dunga pode ser um diferencial para o time em 2013 e ainda comentou sobre o seu primeiro mandato como presidente. Veja abaixo a entrevista com o mandatário.

Giovanni Luigi Calvário, de 53 anos, é formado em Administração de Empresas pela PUC-RS e se tornou conselheiro do Internacional em 1992. Dez anos depois, entrou na gestão do clube e assumiu a vice-presidência de Administração. Na sequência, foi vice de Finanças e, em 2007, assumiu como vice de futebol. Um ano depois, Luigi passou a ser diretor de futebol, cargo que ocupou até 2010, quando se candidatou e foi eleito presidente do Inter. Reeleito em novembro de 2012 ainda no primeiro turno, ele sabe que o futebol colorado precisa corresponder às expectativas da torcida neste ano.

Presidente, qual a sua avaliação do trabalho neste início de temporada e suas expectativas para 2013?

As expectativas são as melhores possíveis. Mantivemos a base do grupo e fizemos algumas alterações de elenco com a saída de alguns jogadores e a contratação de reforços. Tenho grande esperança que estes reforços darão muitas alegrias ao Internacional. Estamos entrando no terceiro ano da nossa gestão, avançamos em várias áreas, mas há muito ainda por fazer. Este será um ano desafiador para o Internacional por uma série de razões. Vamos precisar jogar fora do Beira-Rio até o final de agosto, mas temos a intenção de transformar esta dificuldade inicialem um fator a nosso favor, criando uma atmosfera de muito apoio ao Inter em Caxias do Sul (NR: o Inter ainda não começou a atuar no Centenário) graças à força da nossa torcida.

O Senhor realizou mudanças profundas no vestiário. Acha que o resultado (títulos) já aparecem em 2013 ou é algo mais a longo prazo?

O Internacional é um clube que busca o sucesso em todos os prazos. Trabalhamos para vencer agora, neste instante, mas também plantamos sementes para as vitórias futuras. Dessa forma, o Inter se tornou o clube brasileiro com mais títulos nas últimas 11 temporadas. Não há grande clube neste país que tenha vencido ao menos uma competição por ano desde 2002. Só o Inter.

Como você analisa as críticas recebidas pela gestão 2011/12?

Costumo escutar todas as críticas. Muitas delas ajudam no nosso trabalho, pode ter certeza. Creio que o biênio 2011/2012 foi muito complicado para a instituição devido às negociações de parceria para a reforma do Beira-Rio. Foi uma decisão muito complexa, na qual procuramos nos cercar de toda a segurança possível para fazer o melhor negócio para o Internacional. Afinal é uma decisão que vai impactar os próximos 20 anos do clube. Admito que este tema, entre outros, ocupou muito das nossas energias. Mas agora está tudo resolvido e estamos prontos para voltar toda nossa atenção ao futebol, que é nosso principal objetivo sempre.

Qual o sentimento de ser o presidente que irá receber a Copa do Mundo no Beira-Rio?

É um privilégio e uma honra enormes. O Internacional é um dos poucos clubes do mundo que terá recebido duas Copas do Mundo em dois estádios diferentes. Em 1950 nos Eucaliptos e agora em 2014 no Beira-Rio. O maior evento do esporte mundial estará na nossa casa. E graças a ele também houve a oportunidade de termos o Beira-Rio completamente reformulado em um prazo relativamente curto. Quando o estádio estiver pronto, todos os colorados irão se emocionar tamanha será a transformação para melhor. O Gigante alcançará um outro patamar.

Quanto a figura do executivo pode representar em comando no vestiário?

O jogador de futebol precisa ter esta figura de comando sempre. É fundamental que haja esta referência para poder desenvolver o seu trabalho. O executivo é o elo entre a direção e o grupo de profissionais.

Luigi acredita que Dunga possa ser um diferencial para o Inter (Foto: Alexandre Lops/Internacional)

O livro "A bola não entra por acaso", Ferran Soriano, ex-vice presidente do Barcelona, cita que antes da contratação de Guardiola, o diagnóstico era de necessidade de novo perfil de liderança no comando técnico. A contratação de Dunga passa por uma avaliação semelhante, que ultrapassa apenas a qualidade técnica?

O Dunga é um exemplo de comando no mundo do futebol. Em todos os lugares que passou, em clubes ou na Seleção Brasileira, o Dunga deixou o seu legado graças a seu futebol, inteligência, postura, grande personalidade e capacidade de liderança. Além disso, o Dunga é uma pessoa extremamente identificada com o Internacional. Foi criado no Beira-Rio e teve sua carreira finalizada também no Inter. Todos sabem da sua paixão pelo clube. E isso será uma motivação ainda maior não só para ele como para a nossa torcida, que tem nele um ídolo.

Como está o Internacional financeiramente hoje?

O Internacional está com uma boa situação financeira. Recentemente vi uma notícia em um veículo de grande repercussão que afirmava ser o Inter o único clube brasileiro que não recorreu aos bancos. Isto dá uma boa ideia da situação que nos encontramos. Além disso, não adiantamos cotas de televisionamento, o que garante um aporte financeiro estável para os próximos meses.

O ano de 2013 é marcado pelo Beira-Rio fechado. A dificuldade será maior na parte técnica do time ou financeira?

A tendência é que encontremos dificuldades em ambas. O gramado do Beira-Rio é impecável, todos sabem, ao mesmo tempo que a presença do nosso torcedor em nosso estádio sempre garantiu grandes receitas. Mas vamos ser capazes de contornar estas dificuldades e termos um grande ano.

(Caso haja queda de receitas) Pode influenciar na saída de algum jogador, o Leandro Damião por exemplo, que tem mercado bom na Europa?

O modelo vencedor do Internacional nos últimos 11 anos sempre foi baseado na venda de um ou dois atletas por temporada. A receita é simples: o Inter forma grandes jogadores e os vende por quantias bastante importantes. Com estas quantias, forma times ainda mais competitivos e conquista títulos. Está sendo assim há 11 temporadas, período no qual o clube conquistou os principais títulos do planeta.

Dá para colocar o Brasileirão como o grande objetivo de título no ano?

Temos todas as condições de sermos fortes e competitivos em todas as competições da temporada.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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