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Aparecidense confia em continuação na Série D, mas descarta Justiça comum

17 set 2013 - 18h40
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Derrotada em primeira instância no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido à invasão de campo pelo massagista Romildo Fonseca da Silva no empate em 2 a 2 com o Tupi, no último dia 7 e, a princípio, eliminada da Série D do Campeonato Brasileiro, a Aparecidense prepara recurso para tentar continuar na competição.

Em entrevista concedida à Agência Efe nesta terça-feira, o advogado do clube de Aparecida de Goiânia, João Vicente Morais se mostrou confiante em um desfecho do caso na segunda instância, o pleno do STJD, mas garantiu que, em caso de derrota, não pretende recorrer em âmbito internacional ou à Justiça comum.

"A última instância para análise de infração desportiva no Brasil é o pleno do STJD, e o que temos que fazer é esperar a manifestação deles. Isso (de recorrer à Fifa ou à Justiça comum) não existe. O que se deve fazer é respeitar a decisão da maior insituição da Justiça Desportiva brasileira", declarou o advogado, que não deseja a paralisação do torneio, mas que nem Tupi nem Aparecidense entrem em campo até que o caso seja encerrado.

"O campeonato já está parado. Não por ação da Aparecidense. Quem pediu foi a procuradoria do tribunal. No final de semana, já não houve jogo desta chave. O mínimo que se espera é que continue assim até a decisão do caso", acrescentou.

João Vicente revelou ainda que o clube goiano não adotará uma nova estratégia para a análise do recurso, que será apresentado nesta quarta-feira. Para o advogado, o desfecho no pleno pode ser diferente por se tratar de um novo tribunal.

"É uma nova corte, com um número maior de auditores e que nós acreditamos que pode ter uma qualificação maior. O duplo grau de jurisdição é constitucional, então estamos apenas exercendo o nosso direito", destacou.

A principal crítica feita por João Vicente à decisão de segunda-feira foi o enquadramento da Aparecidense no artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) - "Impedir o prosseguimento de partida, prova ou equivalente que estiver disputando por insuficiência numérica intencional de seus atletas ou por qualquer outra forma".

"Entender que o que aconteceu foi impedir o prosseguimento é errado. Se fosse assim, qualquer falta que para a partida por mais tempo já entre nesse artigo. O jogo foi reiniciado, e o árbitro deu 5 minutos de acréscimo", argumentou o advogado.

Vitorioso na primeira instância, o Tupi não teme um revés em novo julgamento, disse à Efe o presidente do clube, Áureo Fortuna.

"Em hipótese alguma tememos perder, a nossa representação sempre partiu pela desclassificação dessa equipe (Aparecidense). Foi notório, premeditado, o clube está tentando se valer de um ato ilícito", afirmou.

EFE   
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