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Apesar das dificuldades, Flu enxerga futuro melhor para o sócio-futebol

24 jun 2013 - 10h04
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Ainda sob a tempestade, o Fluminense já enxerga a bonança no fim do momento difícil. Por vários motivos, o clube projetou uma debandada de sócios em junho. De fato, muitos afiliados se desvincularam, mas o número de incorporações foi maior – apesar da redução da taxa de crescimento.

– Esperávamos que neste mês de junho tivéssemos um boom de cancelamentos. Porém, nosso planejamento de comunicação e operação de retenção de sócios frente a esta conjuntura tem sido satisfatório – contou o gerente de Arenas do Fluminense, Carlos Eduardo Moura.

Do dia 1 até sexta-feira, foram 102 adesões, contra 68 cancelamentos. Números nada animadores. Mas também é difícil imaginar um crescimento como o dos primeiros meses do ano com o time sendo eliminado precocemente da Copa Libertadores, num momento de pausa para a Copa das Confederações e diante da instabilidade gerada pela falta de um estádio para mandar os jogos no Rio de Janeiro. Além disso, houve problemas nos procedimentos de cadastro e cobrança.

Mas a expectativa é pela melhora do cenário, após o término da Copa das Confederações. Com o provável acerto com o consórcio vencedor da licitação do Maracanã, o clube espera alavancar de vez o projeto e garantir receitas pomposas para sair do aperto financeiro.

– Com isso, enxergamos com otimismo o que pode vir pela frente, com a definição de nosso local para os jogos – disse Carlos Eduardo.

Hoje o Fluminense conta com cerca de 22.250 afiliados, sendo aproximadamente 17 mil com acesso aos estádios. A meta é a de chegar a 50 mil até o fim do ano.

Diretoria minimiza problemas

Além do período sem jogos, a ausência de um estádio fixo e a pausa do Brasileirão, o sócio-futebol enfrenta problemas. Assim que a modalidade foi lançada, o servidor não aguentou o alto número de acessos e teve que ser trocado. O registro de reclamações é numeroso e para piorar, a mensalidade referente ao mês de julho chegou duplicada. O gerente de arenas, Carlos Eduardo, comentou as dificuldades:

– O Flu optou pelo desafio de montar a operação por si, em nome da qualidade de atendimento, diferentemente dos clubes que terceirizam a operação. Temos falhas normais, que são superadas, o que o pequeno número de cancelamentos demonstra por si só.

Receita tem sido essencial para a sobrevivência

O dinheiro obtido com as mensalidades dos sócios tem sido vital para a sobrevivência do clube. É uma fonte de receitas considerada certa, que não se torna alvo de pesadas penhoras por parte da Fazenda Nacional. Hoje, mais de R$ 1 milhão vem por esses pagamentos.

– As receitas advindas da associação de nossos torcedores é muito importante, e diria até necessária. Momento financeiro como o atual, com receitas importantes do clube bloqueadas, demonstra isso, pois pode significar a sobrevivência ou manter o clube minimamente operável no seu dia a dia, dependendo do volume de sócios ativos – comentou o gerente de Arenas do Fluminense, Carlos Eduardo Moura.

Para quitar o recente atraso dos salários dos funcionários, o Fluminense recorreu à antecipação dessas mensalidades. Em um estudo realizado no meio de 2012, o Flu projetou arrecadar no primeiro ano do sócio-futebol mais de R$ 11 milhões.

Bate-Bola - Carlos Eduardo Moura (Gerente de Arenas do Flu)

Como avalia o sócio-futebol?

O Fluminense tem cerca de 17 mil sócios com acesso ao estádio, e isso corresponde a mais da metade de clubes como Inter e Coritiba, que alcançaram em média 30 mil sócios em três anos e ambos possuem estádio próprio. Acredito que o programa é um sucesso e deve melhorar assim que definirmos um local para jogar.

Como agir no caso de um fracasso nas negociações do Maracanã?

Tentaremos manter o clube atuando próximo ao Rio de Janeiro, mas sempre avaliando, com o departamento de futebol, propostas financeiras de outras praças.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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