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Após 18 meses de crescimento, grama do Maracanã terá 5 dias de vida olímpica

25 abr 2016 - 19h50
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O gramado que será usado no estádio do Maracanã durante os Jogos Olímpicos do agosto está há 14 meses cultivado em uma fazenda localizada a 90 quilômetros de distância e onde ficará sob vigilância por mais quatro meses até que seja aproveitado durante cinco dias durante o megaevento esportivo.

Sampaio Corrêa, distrito de Saquarema, município da Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro, é o lugar onde está, sob olhares atentos de dois agrônomos - um deles brasileiro, o outro britânico -, o gramado que será colocado no Maracanã depois da cerimônia de abertura dos Jogos. Sobre ele serão disputadas duas semifinais e as finais masculina e feminina do torneio olímpico de futebol.

"Foi plantado o equivalente a dois campos de futebol, para ter margem de erro. Em junho será enviada uma parte do gramado ao Maracanã para ver como se adapta. Se tudo correr bem, será desmontado e voltará a Sampaio Corrêa, onde continuará a ser cuidado em condições parecidas com as do Rio", explicou Rodrigo Garcia, diretor de Esportes do Comitê Organizador dos Jogos, a jornalistas estrangeiros que estão no Rio para conhecer algumas das instalações dos Jogos.

Após a cerimônia de abertura de 5 de agosto, serão necessários quatro dias para a desmontagem das infraestruturas instaladas para a festa. Começará então a instalação do gramado. Segundo os prazos calculados por Fifa e Rio 2016, levará mais seis dias para a colocação dos pedaços e os trabalhos de finalização, como a pintura das linhas. Isso leva ao dia 16 de agosto, quando será disputada no Maracanã uma semifinal do torneio feminino de futebol. No dia seguinte haverá uma semifinal masculina, e nos dias 19 e 20 as respectivas finais.

No dia 21, o gramado será exigido apenas por baixo das estruturas que serão colocadas sobre ele para a cerimônia de encerramento dos Jogos.

Garcia afirmou que, além do gramado "extra" que pode ser usado se o primeiro não se adaptar como deve, há "um plano B" se, por exemplo, "chover durante 20 dias seguidos e for impossível jogar no Maracanã".

Mas não há plano B para as cerimônias. Elas vão acontecer no estádio em qualquer circunstância, embora os preparativos sejam, como sempre, de sigilo absoluto.

Garcia lembrou que foram ouvidas "várias versões" sobre onde ficará no Maracanã a pira dos Jogos. Inclusive se "estará ou não no Maracanã, ou só no Maracanã".

Ele também diz conhecer diversas histórias sobre a localização dos atletas quando o desfile dos países participantes acabar. "Sobre o gramado, a arquibancada, tudo é possível", disse. O que é certo é que o lugar é menor que nos estádios olímpicos em geral, nos quais a pista de atletismo dava aos cenógrafos das cerimônias muito espaço para posicionar os atletas.

O Maracanã dispõe atualmente de capacidade máxima para 80 mil espectadores, mas nas partidas de futebol olímpicas cairá para 74 mil, e nas cerimônias, para 52 mil, devido às necessidades para autoridades, participantes e imprensa.

Também já se sabe que os atletas esperarão sua vez para o desfile no ginásio do Maracanãzinho, que por sua vez deverá ser readaptado na madrugada pós-cerimônia rapidamente. Isso porque no dia seguinte serão disputados nele os primeiros jogos de vôlei.

Estas aventuras da próxima e breve vida olímpica do Maracanã têm garantido um final feliz: as cerimônias de abertura e encerramento e os quatro jogos de futebol terão casa cheia. Os torcedores brasileiros, ainda feridos após a eliminação com goleada por 7 a 1 para a Alemanha na última Copa do Mundo, esperam que nestes Jogos o Brasil conquiste o único título que lhe falta no futebol.

EFE   
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