O zagueiro Henrique segue inconformado com a confusão causada por membros da Mancha Alviverde no Aeroparque de Buenos Aires, na Argentina, na quinta-feira passada. Após o clássico contra o São Paulo, neste domingo, ele afirmou que deixaria o clube caso fosse agredido.
"Se tivesse acontecido comigo ou com alguém da minha família, eu não estava mais aqui", disse.
O alvo dos revoltados era o meio-campista Valdivia, que foi protegido por seguranças e companheiros. O goleiro Fernando Prass acabou atingido por uma xícara atirada pela torcida, cortou a cabeça e a orelha e admitiu que pensou em deixar o clube.
Nesta segunda, Henrique minimizou o fato de os jogadores não terem cumprimentado os torcedores que foram ao Morumbi quando entraram em campo, mas pediu mais respeito.
"Não tem nada a ver o fato de não termos cumprimentado a torcida. Nossa relação com a torcida continua normal. Quem fez aquilo não foi toda a torcida do Palmeiras, foram 20 pessoas", afirmou, à TV Globo.
"Não tenho medo, mas tem que haver respeito. Tanto nosso com eles, tanto deles com a gente. Somos todos homens, pais de família, é complicado passar por isso", completou.
Delegação do Palmeiras não passou pela área de desembarque do Aeroporto de Cumbica, no retorno ao Brasil, após entrar em conflito com torcedores organizados no Aeroparque de Buenos Aires; time usou saída alternativa para evitar contato com os poucos torcedores que aguardavam a equipe em Guarulhos
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Bagagem dos palmeirenses saiu por volta das 14h30 na área de desembarque, mas jogadores e comissão técnica usaram outra saída
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Conflito entre jogadores e torcedores começou quando membros da organizada foram cobrar Valdivia, e resultou em ferimento na cabeça do goleiro Fernando Prass
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Único membro da organizada presente no Aeroporto de Cumbica não participou da briga e disse que "não tinha como" ser algo premeditado pela torcida
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Policiamento foi reforçado em Cumbica para a chegada do Palmeiras, mas não houve transtornos
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Depois do desembarque palmeirense, o presidente Paulo Nobre convocou uma entrevista na Academia de Futebol para se posicionar sobre a confusão com os membros da organizada no aeroporto argentino
Foto: Alê Cabral / Agência Lance
Paulo Nobre se irritou com a atitude dos integrantes do grupo organizado: "o Palmeiras não é refém de organizada, e o fato de respeitarmos todo tipo de torcedor não faz do Palmeiras refém"
Foto: Alê Cabral / Agência Lance
"O que aconteceu é inaceitável, e o Palmeiras não vai tolerar esse tipo de atitude daqui para frente. Isso não é atitude de um torcedor apaixonado, é de bandido que está na torcida uniformizada", disparou o presidente alviverde