Depois do incidente envolvendo um torcedor e o lateral direito Fabinho Capixaba, o volante Wendel falou sobre a atitude da torcida e pediu apoio ao time, que sofre com a insegurança neste início da temporada.
"O comportamento de vaiar e criticar é normal por causa do rebaixamento. O Palmeiras é um clube acostumado com muitas conquistas e o torcedor não quer ver o time brigando para não cair ou acompanhar derrotas desagradáveis. É normal vaiar quando isso acontece, mas infelizmente não acho legal ficar pegando no pé de alguns jogadores. Queria pedir ao torcedor uma gentileza, de dar apoio para os jogadores que estão sendo vaiados", discursou.
"Esses jogadores estão querendo, estão trabalhando forte. A gente vê isso nos vestiários. Todos estão querendo fazer o melhor. O Luan, o Maikon (Leite), são excelentes pessoas e estão querendo. Falo isso porque quando estou em campo e a torcida apoia, o combustível e a motivação aumentam. Respeito o pensamento de todos, mas o momento é de união. Se todos os palmeirenses tiverem união, tenho certeza que o Palmeiras vai ganhar com isso e vai conseguir ser vitorioso novamente", completou.
O volante ainda comentou sobre a ansiedade que tem atrapalhado o elenco. Fator esse já abordado pelo técnico Gilson Kleina depois da derrota para o Penapolense, domingo.
"Temos que trabalhar mais e conversar sobre isso. Queremos ir logo para o ataque, mas às vezes é melhor sentir mais o jogo e trabalhar mais a bola. Mas a culpa é da vontade de ganhar logo. Isso é apenas um momento. Quando encaixarmos duas ou três vitórias, essa ansiedade vai passar longe. Tenho certeza que em breve daremos a volta por cima", afirmou
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A troca de agressões entre um torcedor organizado e o lateral Fabinho Capixaba na última segunda-feira, em uma rua na frente do Palestra Itália, foi apenas mais um capítulo das confusões envolvendo torcedores do Palmeiras com atletas e treinadores do time. Capixaba teria sido xingado por torcedores próximos a um salão de cabeleireiro e entrado em conflito físico com o agressor. Relembre outros nove casos, do mais recente para o mais antigo:
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Em outubro de 2011, o volante João Vitor foi agredido por um grupo de torcedores quando estava com mais dois amigos na loja oficial do Palmeiras para comprar camisas. O jogador teria sido provocado e entrado em um enfrentamento com os torcedores, saindo com a boca machucada por causa de chutes no rosto. O atleta foi afastado do elenco pouco depois e deixou o clube
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Antes ídolo do clube, o atacante Kleber foi alvo de protestos em outubro de 2011, quando um grupo de torcedores foi até o condomínio onde o jogador mora, em Osasco, com uma faixa para pedir sua saída do clube. Já em frente ao Palestra Itália, um boneco do jogador foi surrado e queimado. No mês seguinte, ele saiu do Palmeiras rumo ao Grêmio
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Na chegada da delegação palmeirense ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para um jogo contra o Internacional em junho de 2011, alguns membros de torcida organizada hostilizaram os jogadores. O volante Marcos Assunção se revoltou e discutiu asperamente com os torcedores, chegando a ser ameaçado, para defender atletas criticados como Luan e Adriano "Michael Jackson"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Após a goleada por 6 a 0 sofrida para o Coritiba em maio de 2011, pela Copa do Brasil, o atacante Luan foi quem pagou o preço. Um coquetel molotov (arma incendiária) foi atirado para dentro do CT Academia de Futebol e atingiu o carro do jogador, quebrando o vidro da janela. Luan continuou sendo criticado por torcedores, e em 2013 acertou sua saída do clube
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Em abril de 2010, no jogo de ida pelas quartas de final da Copa do Brasil contra o Atlético-GO, o meia Diego Souza foi substituído e muito xingado por um grupo de torcedores no Palestra Itália. O jogador, que já vinha sendo criticado pela torcida desde o fim do Brasileiro de 2009, ficou furioso e respondeu com muitos palavrões. Acabou saindo do Palmeiras no mês seguinte e acertando com o Atlético-MG
Foto: Getty Images
Em dezembro de 2009, o atacante Vagner Love, principal contratação alviverde do ano, foi agredido por três torcedores quando saía de uma agência bancária na capital paulista. O atleta teve seu carro chutado e também recebeu pontapés. Após o episódio, acertou sua transferência para o Flamengo para a temporada 2010
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Na semana anterior à agressão contra Vagner Love, o também atacante Lenny também passou por situação muito semelhante. O jogador estava saindo de um banco quando foi cercado e ameaçado por torcedores organizados do Palmeiras
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Em novembro de 2008, foi a vez do técnico Vanderlei Luxemburgo sofrer com a violência de torcedores organizados. Em embarque do Palmeiras no Aeroporto de Congonhas, cerca de 20 torcedores causaram confusão e trocaram empurrões com o treinador, que precisou imobilizar o braço machucado após o episódio. Ele deixou o Palmeiras em junho do ano seguinte, após polêmica envolvendo o atacante Keirrison
Foto: Helio Suenaga / Gazeta Press
Hoje ídolo no Corinthians, o técnico Tite também foi ameaçado por torcedores organizados em setembro de 2006, em episódio que culminou com seu pedido de demissão do clube. O treinador saiu alegando desavenças com o diretor Salvador Hugo Palaia, e foi alvo de protestos de torcedores no Aeroporto de Cumbica, precisando de escolta policial para deixar o local