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Após protesto da torcida, presidente do Fortaleza descarta renuncia

15 mai 2013 - 19h49
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Apesar da crise deflagrada no Fortaleza, Osmar Baquit assegura a sua permanência na presidência do Fortaleza. Após a eliminação do Campeonato Cearense, o mandatário tricolor acatou as críticas da torcida e prometeu mudanças no elenco para a disputa da Série C do Brasileiro, mas descartou por completo a possibilidade de renúncia. O dirigente repudiou ainda o caso das duas bombas disparadas na casa do gerente de futebol Jurandi Júnior, na noite do último sábado.

No último domingo, após o revés do Fortaleza por 3 a 1 para o Vovô, os dirigentes do Tricolor se reuniram para dar início ao planejamento para a reformulação do departamento de futebol. Na reunião, ficou acertado que o presidente Osmar Baquit convidaria o seu assessor Renan Vieira para assumir a diretoria de futebol do clube. Posteriormente, no entanto, a cúpula do Fortaleza declinaria do convite ao tomar notar das exigências de Renato Vieira para assumir o cargo.

- Após o jogo, a gente se reuniu até 23h, meia-noite, na casa do vice-presidente Daniel (Frota). A gente sabe que precisa de uma reformulação. Não tem ninguém doido. Lógico que não estamos satisfeitos. Além de presidente, eu também sou torcedor. Seria uma imbecilidade tentar consolar alguém, dizendo que é assim mesmo. Isso acontece, mas nós temos que tomar as providências, ter um rumo. Eu fui eleito democraticamente e por unanimidade. E mais: aqueles que hoje tentam me destronar e me tirar à força não tiveram a coragem de concorrer - disparou Osmar Baquit, em entrevista à Rádio Assunção.

Para ficar à frente do departamento de futebol, um dos desejos de Renan Vieira era a saída de Jurandi Júnior e a contratação de Ocílio Costa, ex-assessor de futebol do clube. O próprio Jurandi, aliás, chegou a cogitar sua saída devido à pressão da família, após ter a residência atingida por duas bombas no sábado, antes do jogo contra o Ceará. Entretanto, Osmar Baquit optou por convencer o gerente de futebol a permanecer no clube.

- Não vai ser soltando bomba na casa do Jurandi, onde estavam os dois filhos dele e a esposa, que vai resolver. Isso é covardia, não é futebol. Eu não sou contra a manifestação de ninguém, desde que seja democrática. Acharem que está tudo errado e pedirem para mudar a comissão técnica é natural. Agora, não é natural chamar os outros de ladrão. Ano passado, o Jurandi Júnior era bom, quase foi campeão cearense e quase conseguiu o acesso à Série B, o time tinha a melhor campanha até aquele momento. Ninguém falava nada. Então, quem prestava ontem não presta mais hoje? Não é assim. Quero até me solidarizar com a família do Jurandi por isso e dizer que os mesmos que estão fazendo isso com o Jurandi eram os mesmos que aplaudiam ele ano passado. Eu não tenho que falar de violência. Não vou falar nisso. Eu quero é mostrar a cara, dizer que realmente temos que melhorar e vamos lutar para isso.

Sem mudanças no departamento de futebol, Osmar Baquit promete não medir esforços para remontar o elenco do Fortaleza para a Série C. Até o momento, o clube cearense contratou os laterais-direitos Léo Rodrigues, ex-Tombense, e Diogo, ex-Ypiranga, o zagueiro Cássio, ex-Guarani, o volante Jaílton, ex-Nacional-MG, os meia Guaru, do Penapolense, e Guilherme Lazaroni, ex-Tombense, e os atacantes Dico, do Tiradentes, e Ruan, do Sport, e pretende acertar com Marcelo Nicácio, do Vitória, até o final desta semana

- Outros jogadores virão, e espero que possam desempenhar um bom papel. Se vão desempenhar ou não, não sei. São indicações do treinador. Na hora que eu começar a indicar jogador, vão dizer que eu estou ganhando dinheiro de empresário. Na hora que eu começar a indicar jogador, aí eu estou contrariando o treinador, que vai dizer: "Não tenho responsabilidade, não fui eu que indiquei" - ponderou o presidente do Leão.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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