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Arsenal diz que dono milionário não quer vender parte do clube

3 mar 2013 - 11h58
(atualizado às 12h48)
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- Stan Kroenke não tem planos de vender suas ações majoritárias no Arsenal, disse um porta-voz do clube inglês neste domingo, em resposta a uma reportagem segundo a qual um consórcio do Oriente Médio planeja uma oferta de 1,5 bilhão de libras (cerca de 4,3 bilhões de reais). O jornal Sunday Telegraph afirmou que o consórcio, que tem fundos do Catar e dos Emirados Árabes Unidos, já solicitou uma reunião com o bilionário norte-americano Kroenke, que possui dois terços das ações do time londrino, às vésperas do que seria uma compra recorde de um time de futebol.

"Stan Kroenke está comprometido com o Arsenal no longo prazo, e não tem intenção de vender suas ações", disse à Reuters Mark Gonnella, diretor de comunicações do Arsenal.

"Não houve nenhum contato de investidores em potencial", acrescentou.

Gonnella sublinhou que Kroenke, que também é dono do time de futebol americano St Louis Rams, jamais vendeu nenhum de seus investimentos no esporte.

Muitos torcedores do Arsenal estão infelizes com a maneira como Kroenke --apelidado de 'Stan, o silencioso' por seu perfil discreto-- está administrando o clube, argumentando que ele coloca o lucro à frente do sucesso nos gramados.

O Arsenal não conquista um troféu de 2005 e enfrenta mais uma temporada magra. Os torcedores estão revoltados por pagar os ingressos mais caros do país no estádio Emirates, de 60 mil lugares, e criticam Kroenke por vender os melhores jogadores para times rivais.

O Chelsea, de propriedade do oligarca russo Roman Abramovich, e o Manchester City, sustentado com dinheiro de Abu Dhabi, investiram pesado nas últimas temporadas e se saíram melhor que o Arsenal.

A reportagem chega no dia em que o Arsenal, que pena para se classificar para a lucrativa Liga dos Campeões, encara uma partida crucial contra o adversário local Tottenham Hotspur. O Tottenham está em quarto no Campeonato Inglês, enquanto o Arsenal é o quinto, portanto fora da zona de classificação para a Liga dos Campeões.

O consórcio, cujos membros ainda não foram nomeados, disponibilizaria fundos de transferência "para transformar o clube em uma grande potência no futebol europeu e mundial", diz o jornal, citando uma fonte anônima familiar com o plano. "A equipe responsável pela oferta vê o Arsenal como um dos grandes times do futebol europeu, mas que não se impõe mais e corre o risco de ficar para trás", afirma o diário, dizendo ainda que o consórcio irá pedir a redução do preço dos ingressos no estádio da agremiação e que planeja recriar ali algo da atmosfera do Highbury, o histórico estádio anterior do Arsenal.

Entretanto, novos obstáculos financeiros em fase de implementação no Campeonato Inglês e para grandes clubes da Europa tornarão mais difícil para proprietários ricos acumular grandes perdas atrás do sucesso esportivo.

(Reportagem de Keith Weir)

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