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Barça de Messi e Neymar defende título contra Real de CR7, que vive "seca"

14 ago 2013 - 14h46
(atualizado às 15h35)
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A edição 2013/2014 do Campeonato Espanhol, como todas as mais recentes, deverá ter uma queda de braço entre o Barcelona, liderado pelos atacantes Lionel Messi e Neymar, atual campeão e detentor de quatro dos últimos cinco títulos, e o Real Madrid, de Cristiano Ronaldo, que passou a última temporada em branco.

Em oito dos nove últimos campeonatos, nenhum concorrente conseguiu fazer frente às diferenças econômicas para os dois gigantes do país. Barça e Real se alternaram como campeão e vice, sem que quase ninguém atrapalhasse. A exceção foi o Villarreal, segundo colocado em 2008. Desde o título do Valencia, em 2004, a equipe catalã deu a volta olímpica seis vezes, e os madrilenhos, três.

O Barcelona que bateu recordes na temporada passada assume agora um novo desafio. Inicia uma etapa com mudança no banco de reservas. Sem Tito Vilanova, que agora se dedica exclusivamente a se tratar de um câncer, e com o argentino Gerardo 'Tata' Martino.

Dentro de campo, a principal novidade do time catalão é Neymar, que aterrisa na Espanha credenciado pelas grandes exibições pelo Santos e pela seleção brasileira. Seu último grande feito foi ter sido campeão e melhor jogador da Copa das Confederações em uma final justamente contra os espanhóis.

O brasileiro chegou ao Barcelona para formar uma das melhores duplas de ataque do mundo com o argentino Lionel Messi, uma parceria que promete futebol bonito, efetividade e muitos gols.

Até agora, Neymar foi a única contratação do Barça, que manteve a base do elenco. Saíram o zagueiro e lateral Eric Abidal (Monaco), o meia Thiago Alcântara (Bayern de Munique) e o atacante David Villa (Atlético de Madrid), mas continuam protagonistas de uma era dourada do clube, incluindo o goleiro Víctor Valdés, em seu último ano de contrato.

Pela frente na luta pelo título, estará o Real Madrid e sua renovação. A decepcionante e confusa última temporada acelerou a despedida do técnico português José Mourinho, agora no Chelsea, e a contratação do italiano Carlo Ancelotti como substituto.

À espera do galês Gareth Bale, entre os reforços se sobressai o meia Isco, ex-jogador do Málaga. Também se transferiram para o Real o lateral Daniel Carvajal (Bayer Leverkusen) e o volante Asier Illarramendi (Real Sociedad), além de Casemiro, adquirido em definitivo junto ao São Paulo.

Os quatro atletas reforçam um elenco liderado novamente pelo atacante Cristiano Ronaldo e o goleiro Iker Casillas e no qual continuam se destacando o zagueiro Sergio Ramos, o volante Xabi Alonso e o meia Mesut Özil. Saíram o zagueiro Raúl Albiol, o meia José Callejón e o atacante Gonzalo Higuaín, que formaram um pacote que foi para o Napoli.

Quem espera ter uma chance para voltar a brilhar é o meia Kaká, principalmente após a saída de Mourinho e a chegada de Acelotti. Foi sob o comando do treinador italiano que Kaká brilhou com a camisa do Milan e se sagrou melhor jogador do mundo em 2007.

Embora se preveja mais uma luta pelo título entre apenas dois times, alguns outros sonham surpreender. Um deles é o Atlético de Madrid, terceiro colocado da última temporada, que quer se colocar de vez entre os melhores.

Apesar de ter perdido seu principal jogador, o atacante Radamel Falcao, o Atlético continua otimista e confia na reposição feita com a contratação de David Villa. Também reforçam a equipe madrilenha o atacante brasileiro Léo Baptistão e os zagueiros Martin Demichelis e José María Giménez.

Também olham para o alto a Real Sociedad, que fechou uma fenomenal temporada com a volta à Liga dos Campeões uma década depois, e o Valencia, quinto colocado, que iniciará uma nova era sem sua referência no ataque, Roberto Soldado, que foi para o Tottenham.

A equipe de San Sebastián perdeu Illarramendi e contratou apenas o suíço Haris Seferovic (Fiorentina), enquanto a de Valência contratou Javi Fuego, Michel Herrero, Oriol Romeu e Hélder Postiga. Ambas terão novos treinadores: Jagoba Arrasate e Miroslav Djukic.

As vagas europeias serão o alvo do Málaga, que vive grande reestruturação, a começar pelo comando. Manuel Pellegrini trocou o clube pelo Manchester City e foi substituído pelo alemão Bernd Schuster. Também saíram Joaquín Sánchez, Isco, Jeremy Toulalan, Martín Demichelis e Júlio Baptista, todos titulares.

O mesmo desafio é assumido por Betis, Sevilla e Athletic Bilbao. Os três reforçaram bem seu elenco: o primeiro com Joan Verdú como contratação mais destacado; o segundo repôs as saídas de Jesús Navas e Álvaro Negredo com Marko Marin e Kevin Gameiro; e o terceiro optou por Ernesto Valverde para substituir Marcelo Bielsa e passa a contar com Beñat Etxebarría, Kike Sola, Mikel Balenziaga e Xabi Etxeita.

Primeiro a permanência na elite e depois voos mais altos. Essa é a ideia de um grupo numeroso de equipes. Desde Rayo Vallecano, Getafe, Espanyol, Valladolid e Levante, que vêm de boas campanhas recentes, até os recém-promovidos Elche, Villarreal e Almería, passando por Granada, Osasuna e Celta de Vigo, que sofreram até o último segundo no último campeonato.

EFE   
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