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Blatter para opositores da Copa na Rússia: "fiquem em casa"

20 abr 2015 - 12h50
(atualizado às 13h08)
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Em reunião com o líder russo, Vladimir Putin, o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, recomendou nesta segunda-feira (20) que os políticos que querem boicotar a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, fiquem em casa.

"Se alguns políticos não estão contentes, eu sempre digo: 'fiquem em casa, e nós, com a Rússia, organizaremos a maior Copa do Mundo de futebol'", alfinetou, segundo a imprensa local.

Blatter, que se reuniu com Putin em Sochi, ressaltou que em 40 anos de trabalho na Fifa nunca viu um país organizador que cumprisse com tanta exatidão os prazos de preparação do Mundial como a Rússia.

Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu o presidente da Fifa, Joseph Blatter, em Sochi
Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu o presidente da Fifa, Joseph Blatter, em Sochi
Foto: Alexei Druzhinin / Reuters

"Não é só que a Rússia cumpra com os planos anunciados para a preparação, mas ela os antecipa. O comitê organizador e o senhor (Putin) pessoalmente merecem cinco estrelas no que se refere à organização do campeonato", analisou.

O mandatário da entidade lembrou que "houve problemas no Brasil, na África do Sul, na Coreia do Sul e no Japão, inclusive na Alemanha. Aqui (na Rússia) está tudo fantástico, sem nenhum problema".

"Agora, a situação econômica está difícil, mas pode ser superada. Despesas já foram cortadas. Precisamos de uma organização de cinco estrelas, mas nem todos os lugares necessitam hotéis de cinco estrelas", explicou.

Blatter sempre se mostrou muito crítico em relação aos que pedem o boicote da Copa do Mundo na Rússia, rebatendo que essa decisão "nunca terá efeitos positivos".

Putin prometeu que a Copa de 2018 não prejudicará ninguém, nem a a Fifa e nem os torcedores do mundo inteiro.

"Sediamos Jogos Olímpicos (de Inverno, em Sochi) no ano passado. Agora, a Rússia encara a grande, enorme, missão de organizar a Copa do Mundo de Futebol em 2018", comentou.

O ministro de Esportes russo, Vitali Mutko, garantiu há poucos dias que o custo da construção e da reforma dos 12 estádios para o Mundial da Rússia aumentará de 30% a 40% devido à desvalorização do rublo, a moeda russa.

Além disso, o governo russo anunciou no sábado que a Fifa deu o sinal verde para a redução da capacidade do estádio Luzhniki, que receberá a final da competição, de 89 mil a 81 mil assentos.

O atual orçamento para a primeira Copa do Mundo em território russo chega a 664,1 bilhões de rublos (quase US$ 10 bilhões). A metade dessa quantia será dedicada à construção de infraes

truturas de transporte (aeroportos e estradas), e um terço à construção de estádios e outras instalações esportivas.

EFE   
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