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Blatter se irrita com declarações da Uefa sobre reformas da Fifa

10 fev 2013 - 15h31
(atualizado às 16h19)
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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, respondeu neste domingo ao que ele considera uma tentativa da Uefa de bloquear o plano de reforma para transformar a gestão do futebol mundial em um processo mais transparente e menos suscetível à corrupção.

<p>Blatter criticou postura de Michel Platini e vê resistência da Uefa às mudanças</p>
Blatter criticou postura de Michel Platini e vê resistência da Uefa às mudanças
Foto: Alexander Demianchuk / Reuters

Blatter disse que ficou surpreso com as declarações do presidente da Uefa, Michel Platini, um possível rival nas eleições presidenciais da Fifa daqui a dois anos. O francês mostrou-se contra propostas chaves do Comitê Independente de Governança da Fifa.

Em declarações no mês passado, a Uefa rejeitou a proposta de limitar os membros do comitê executivo da Fifa a dois mandatos de quatro anos e quer que o presidente da entidade possa ocupar o cargo por no máximo 12 anos, em vez de oito, como o IGC propõe.

Na África do Sul para a final da Copa das Nações Africanas, Blatter disse que o trabalho da Uefa é consultar as nações associadas e não emitir comentários próprios sobre as alterações.

"O processo de reforma está se aproximando do fim", afirmou durante um encontro com a mídia. "Duas medidas foram implementadas pelo congresso: o estabelecimento de um comitê de ética independente e a determinação de que o congresso, e não mais o comitê executivo, escolherá as sedes das próximas copas do mundo."

"Agora, há mais 10 ou 11 pontos que precisam ser discutidos no próximo congresso da Fifa, nas Ilhas Mauricio, no mês de maio. Então fico surpreso com a reação da Uefa, porque o comitê executivo disse às confederações que elas deveriam consultar as nações associadas sobre o que elas pensam a respeito da última parte das alterações nos estatutos".

"E estou surpreso porque parece que não houve uma consulta, parece que foi uma decisão tomada pela Uefa com uma declaração das nações associadas contra isso. A ideia era que no congresso da Fifa todas as nações pudessem tomar posição contra ou a favor das alterações. Nós pedimos que as confederações fizessem consultas, não pedimos que elas tomassem decisões".

"Se todas as confederações tomarem decisões, qual o objetivo do congresso da Fifa?". Blatter também ficou irritado com a oposição da Uefa às investigações de segurança que a Fifa quer introduzir a qualquer um que for eleito membro do comitê executivo, após uma série de escândalos com personagens de alto escalão da entidade.

"O que é importante para mim, e vou defender isso, é que todos os membros da Fifa tenham sido investigados, porque qualquer um que trabalha em qualquer lugar passa por isso. Todos os árbitros e auxiliares da Fifa têm que passar por isso e assinar um documento reconhecido pela associação do seu país". "Então, se é bom o suficiente para os árbitros da Fifa, por que não seria para os membros do comitê executivo da Fifa? Por que a Uefa está contra isso? Eu não entendo".

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