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Brasil adere a jogo psicológico e esconde time para estreia

27 jun 2011 - 17h29
(atualizado às 20h35)
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Dassler Marques
Direto de Meerbusch (Alemanha)

O treinador Kleiton Lima admite que só tem duas dúvidas na cabeça, mas passa longe de confirmar qual será a equipe brasileira para a estreia contra a Austrália, na quarta-feira, pela Copa do Mundo de futebol feminino.

Segundo ele, que também tem poucas informações a respeito da equipe rival, é fundamental aderir a esse jogo psicológico e esconder ao máximo qual será o time para o primeiro jogo no Mundial. Até por isso, o treinamento desta segunda-feira não foi aberto à imprensa, que só teve acesso às entrevistas.

"Está praticamente definido, mas temos duas dúvidas de ordem clínica. Uma em função da Formiga, que foi liberada hoje (segunda-feira), então cabe uma conversa com ela, com o preparador físico e com o médico. E a outra é no gol, há dúvida entre Barbara e Suntaque (Andreia). Temos dificuldades de informações sobre a Austrália, então quero deixar dúvidas para o Tom. Toda estratégia, por menor que seja, é válida agora", explica Kleiton.

Mesmo tendo na cabeça quais são as outras nove titulares, Kleiton preserva a divulgação do time, que deve ter: Barbara (Andreia); Aline Pellegrino, Daiane (Renata Costa) e Erika; Fabiana, Ester, Formiga (Francielle) e Maurine (Rosana); Rosana (Bia); Marta e Cristiane.

Nos treinamentos, se confirma a dificuldade em encontrar uma meia capaz de exercer o papel que faria Gabriela Zanotti, cortada por lesão. A tendência é que Rosana, lateral de origem, jogue no meio, o que abre espaço para Maurine na ala. Bia, 17 anos, é a mais jovem do time e corre por fora na função de armadora.

Kleiton também aguarda pelo aval do departamento médico para confirmar Formiga, 33 anos, na equipe titular. A meio-campista retorna de lesão muscular e, apenas nesta segunda-feira, treinou com bola desde o início dos trabalhos na Granja Comary. A caminho de sua quinta Copa do Mundo, ela possivelmente inicia jogando contra a Austrália.

"Quando você tem o aval dos médicos, sua confiança volta. Nunca desisti desse primeiro jogo, então escalar fica por conta do treinador", diz a mais experiente jogadora da Seleção.

"Vamos conversar um pouco mais para ver quanto tempo da partida ela pode suportar. Se tiver condições e vontade de iniciar, é uma opção que vamos utilizar. Precisamos sentir a partida, mas se for para usá-la durante o jogo, também vai nos ajudar", resguardou Kleiton Lima, que encheu a jogadora de elogios.

"Ela é fundamental e, apesar da idade, parece que tem 20 anos. Está sempre de bom humor, dá tranquilidade e confiança para as mais jovens e isso ajuda muito a comissão. Conto demais com ela, porque também é extremamente brincalhona. Parece uma juvenil, fazendo pagode e levantando o astral no ônibus, no hotel e puxando a fila na hora do trabalho", destacou.

Outra que espera também poder jogar é a zagueira Renata Costa, que vai para sua terceira Copa do Mundo e tem boas chances de ser confirmada por Kleiton. "É um momento muito feliz. Em dezembro do ano passado, tive uma lesão no joelho, a recuperação foi muito dolorosa e agora estou disputando mais uma Copa, podendo ser campeã mundial", conta a defensora, que está sem clube.

Brasil e Austrália estreiam na Copa do Mundo de Futebol Feminino na próxima quarta-feira, no Borussia Park, em Mönchengladbach, às 13h (de Brasília). Na tarde de sexta, a Seleção faz treino de reconhecimento no estádio, que abrigou partidas da Copa do Mundo masculina, em 2006.

Técnico Kleiton Lima fez mistério sobre a escalação do Brasil nesta quarta
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Foto: Dassler Marques / Terra
Fonte: Terra
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