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Brasil reforça marcação para voltar ao topo do futebol

20 jun 2013 - 19h34
(atualizado às 22h12)
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Eliminada nas duas últimas Copas do Mundo ainda na fase de quartas de final e com resultados decepcionantes nos últimos anos, a seleção brasileira busca na marcação forte a forma de voltar a dominar o futebol mundial.

Para o coordenador técnico do Brasil, Carlos Alberto Parreira, todos os jogadores precisam fechar os espaços do adversário. Essa marcação começa no ataque, com Fred e Neymar.

"Nós temos muito claro, pela experiência em seleção brasileira, que o futebol brasileiro tem um enorme desafio pela frente, que é fazer com que o time jogue sem a bola. Quando a gente consegue fazer com que o time jogue sem a bola, ou seja, marcar, ocupar espaço, impedir que o adversário jogue, nós estamos com a mão na taça", disse Parreira em entrevista coletiva em Fortaleza nesta quinta-feira, um dia depois da vitória por 2 x 0 sobre o México.

A seleção tem até agora dois triunfos na Copa das Confederações -na estreia derrotou o Japão por 3 x 0- sem ter tomado nenhum gol.

Se for levado em conta o amistoso contra a França no começo deste mês, o time comandado por Luiz Felipe Scolari soma três jogos seguidos sem ter sua rede balançada. Foi nessa partida que o Brasil conseguiu sua primeira vitória sobre um campeão mundial em quase quatro anos, reforçando a fase difícil vivida pela seleção pentacampeã.

Desde que Felipão e Parreira voltaram ao comando da seleção brasileira, no fim do ano passado, eles têm reforçado aos jogadores a importância da marcação.

"Eles (jogadores) mesmos se cobram o poder de marcação, dizem ‘não podemos tomar gol', porque eles sabem que fazer um ou dois (gols) nós vamos fazer. Está todo mundo participando, porque na hora de jogar nós fazemos a diferença", afirmou Parreira, técnico campeão do mundo com o Brasil em 1994.

"Não é um time defensivo, é um time que impeça o adversário de jogar", ressaltou.

Neymar e Fred têm participado da marcação no campo de ataque, com o atacante do Barcelona cometendo algumas faltas nos jogos. Contra o México, o Brasil fez 25 faltas, mais do que qualquer equipe nesta Copa das Confederações.

Parreira não vê o número como elevado. "É um número normal. A gente não pede que isso (falta) aconteça, mas a gente disputa a jogada e é um jogo de contato".

"BEM NA COPA"

Se antigamente a qualidade técnica dos brasileiros era suficiente para conquistar os títulos, hoje é preciso saber jogar taticamente, segundo o coordenador da seleção.

"Tecnicmente ainda somos os melhores do mundo, não tenho dúvida disso. Então na hora em que a gente conseguir montar um time que seja eficiente na marcação, com esse equilibrío, a gente vai conseguir chegar bem na Copa."

A nova comissão técnica do Brasil estreou em fevereiro, contra a Inglaterra, com uma derrota por 2 x 1. Depois vieram empates com Rússia, Itália e Chile e a primeira vitória, diante da fraca Bolívia.

A primeira boa impressão do time de Felipão aconteceu no triunfo contra a França, e desde então ele tem mantido o time titular. Da equipe da estreia contra a Inglaterra até a Copa das Confederações, foram cinco mudanças na equipe principal, que o treinador já disse que pretende manter.

Para Parreira, o time foi se formando e evoluindo desde o começo do ano.

"Estamos dando passos bem largos para chegar à Copa do Mundo com um time bem armado, bem definido, com uma tática definida", disse.

"Tínhamos que formar um time e, sobretudo, fazer com que os jogadores acreditassem que sim, é possível, e que deste modo, pudéssemos trazer o torcedor, e isso já está acontecendo", completou ele, sobre o apoio da torcida nos primeiros dois jogos da Copa das Confederações, em Brasília e em Fortaleza.

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