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Brasileiro Série A

Após nova ação do Bom Senso FC, CBF reage com plano de Fair Play Fiscal

24 nov 2013 - 15h02
(atualizado às 15h42)
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<p>Alexandre Kalil (à direita) integra comissão que elaborou proposta para quitar dívidas dos clubes com a União</p>
Alexandre Kalil (à direita) integra comissão que elaborou proposta para quitar dívidas dos clubes com a União
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Se de um lado o Bom Senso FC apresenta reivindicações e intensifica os protestos a cada rodada do Campeonato Brasileiro, a CBF responde do outro. Neste domingo, a entidade anunciou em sua página a apresentação de proposta para o Fair Play Fiscal e Trabalhista entre os clubes brasileiros.

O principal tópico do plano de Fair Play Fiscal diz respeito à quitação da dívida dos clubes com a União. Como consequência, a previsão de punições para os clubes que não cumpram com suas obrigações junto aos atletas. Esta é uma das reivindicações do Bom Senso FC. 

Atleticanos participam de protesto do Bom Senso FC
Atleticanos participam de protesto do Bom Senso FC
Foto: Ramon Bittencourt / Agência Lance

CBF quer que pagamento das dívidas comece com parcelas mais baixas

Em sua proposta, a CBF faz ressalvas aos projetos do ministério do Esporte e também ao Proforte, desenhado pelo deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) - ambos também tratam da amortização da dívida dos principais 24 clubes brasileiros com a Receita Federal do Brasil e a Previdência Social. 

No plano, a CBF apresenta o pagamento progressivo das dívidas dos clubes com a justificativa de que parcelas iguais dentro do período de 20 anos podem comprometer excessivamente os orçamentos. Segundo o estudo do Banco Itaú que funciona como base, o Botafogo teria cerca de 25% de suas receitas comprometidas, por exemplo. A ideia da CBF é que os pagamentos crescam a partir de 2016.

Bom Senso FC: atletas do Vasco e Cruzeiro sentam no gramado:

Como contrapartida aos jogadores, a entidade prevê punições técnicas, como a perda de três pontos por rodada, para os clubes que não cumprirem suas obrigações com os atletas ou apresentarem débito com a União. 

A proposta foi arquitetada pela Comissão Especial dos Clubes do Futebol Brasileiro. O grupo é formado por Corinthians, Flamengo, Internacional, Coritiba, Vitória e Atlético-MG.

Dívida dos clubes em proposta - por milhões de reais*
LUGAR CLUBE DÍVIDA
Flamengo 435
Botafogo 398
Fluminense 309
Atlético-MG 230
Vasco 174
Internacional 139
Grêmio 113
Santos 98
Portuguesa 76
10º São Paulo 70
11º Coritiba 69
12º Corinthians 62
13º Cruzeiro 60
14º Palmeiras 52
15º Goiás 47
16º Náutico 40
17º Ponte Preta 36
18º Bahia 21
19º Atlético-PR 15
19º Vitória 15
21º Figueirense 12
22º Sport 11
23º Atlético-GO 10,4
24º Criciúma 2

* Estudo apresentado pelo Banco Itaú

Confira a nota emitida pela CBF:

A CBF, neste momento particular quer está vivendo o futebol brasileiro, está mais do que atenta e agindo na busca de soluções para os problemas levantados nos últimos meses.

Para tanto, ao contrário do que pensam os desinformados e também como uma maneira de comunicar aos atletas em geral, a CBF vem já há algum tempo trabalhando neste assunto, promovendo reuniões com todos os segmentos envolvidos, mas de forma responsável, na certeza de que as soluções demandam um tempo razoável para que não resultem apenas em resoluções paliativas e sem a eficácia que todos esperam. Para ficar claro, não se resolvem questões dessa importância da noite para o dia. 

Na sequência de ações tomadas pela entidade, a CBF criou uma Comissão de Clubes que vem tratando do assunto com o sentido de urgência necessário. Objetivamente, está sendo discutida uma entre várias propostas que estão sendo levadas a estudo pela Comissão e depois será repassada aos clubes sobre o Fair Play Fiscal e Trabalhista.

A Comissão Especial dos Clubes de Futebol Brasileiros está, portanto, estudando a melhor proposta para solução das dividas tributárias e trabalhistas dos clubes, para que seja concluída o mais rapidamente possível. 

Nesta proposta, entre tantos aspectos relevantes, há que se destacar a inclusão da tolerância zero em relação ao pagamento de dívidas fiscais e salários de jogadores, com a consequente punição aos clubes que não cumprirem com essas obrigações.

Clique aqui para conferir o estudo completo. 

Fonte: Terra
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