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Árbitro revela emboscada, critica Kalil e se diz feliz com atuação no Horto

3 set 2015 - 19h18
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Alvo de pesadas críticas na vitória do Atlético-PR sobre o Atlético-MG, nesta quarta-feira, no estádio Independência, o árbitro Marcelo de Lima Henrique se disse feliz com sua atuação, especialmente nos lances de maior discussão na partida: o pênalti marcado para o Furacão e a expulsão de Marcos Rocha no primeiro tempo.

O árbitro afirmou que a partida foi a mais difícil que ele apitou no ano e afastou qualquer hipótese de um complô a favor do Corinthians, líder do Brasileirão, alegando que os erros são tão normais quanto os praticados pelos jogadores em campo.

“Foi um jogo de extrema dificuldade, a partida mais difícil que arbitrei no ano. O grau de dificuldade foi muito elevado, mas as grandes decisões foram acertadas. O que importa no futebol não são as pequenas decisões, são as grandes, como a marcação de um pênalti, expulsões e gols. Saí da partida muito feliz com as nossas decisões”, destacou.

“Erros acontecem, erros vão acontecer. Mas ontem vi também vários erros de atletas, de arqueiros, de torcedores, de cidadãos. Mas trabalhamos para minimizar o erro sempre”, completou.

Na entrevista, o árbitro esclareceu o seu ponto de vista nos lances mais polêmicos da partida e revelou que torcedores do Galo estariam à espera dele no hotel, onde ele e seus auxiliares estavam hospedados. Marcelo de Lima Henrique ainda afirmou que irá à Justiça para processar o ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, que ao final do jogo, pelo Twitter, o chamou de “vagabundo e ladrão”.

Confira os demais trechos da entrevista do árbitro à Rádio Itatiaia:

Emboscada no hotel: "Após a partida no Independência, ontem, recebemos uma ligação por volta das 0h05. Fomos avisados que havia um grande grupo de torcedores nos esperando na porta do nosso hotel. Tentamos acionar o aparato policial para nos escoltar e limpar a área em frente ao hotel para que pudéssemos entrar sem problema. Só chegamos ao hotel por volta das 2h45."

Expulsão de Marcos Rocha: "O futebol brasileiro agora tem novas recomendações, que não foram inventadas pela CBF. Vem de uma cruzada mundial para melhorar o nível dos espetáculos. Vem da FIFA isso. Desde que começou o Campeonato (Brasileiro), isso está bem claro. Tentamos sempre fazer o melhor, com mais bola rolando, menos faltas. Tudo em favor do espetáculo. Tomamos medidas na partida para sempre beneficiar o espetáculo."

Pênalti para o Atlético-PR: "Todas as decisões que tomamos foram baseadas na visão dentro de campo. Entendemos o torcedor, entendemos até alguns dirigentes que se portam de maneira educada. Acho que toda crítica é válida. Não somos imunes a nada. Tomei as decisões que tinha que tomar e saí de campo muito feliz."

Críticas feitas por Alexandre Kalil: "Vindo desse cidadão não é surpresa. Ele já tomou posturas inadequadas não como dirigente que foi no passado, mas como homem, como ser humano. Atacou árbitros de futebol, presidentes de outros clubes e juízes federais. Vou tomar as medidas cabíveis, e a Justiça vai decidir o que será feito. Já estou em contato com a Associação Nacional dos Árbitros e com o nosso advogado. Isso vai ter que acabar no futebol brasileiro. Por conta dessas palavras que acontecem algumas tragédias."

Critérios adotados em simulações de pênalti: "Simulação em que o jogador se projeta, se jogando, sem nenhum contato físico, é cartão por simulação clássica. Simulação em que há um pequeno contato, somos orientados pela FIFA a não aplicar o amarelo."

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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