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Bom Senso ataca "Bancada da Bola" por artimanhas em projetos

16 dez 2014 - 11h35
(atualizado às 11h41)
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<p>Bom Senso ataca deputados em nota oficial</p>
Bom Senso ataca deputados em nota oficial
Foto: Facebook / Reprodução

O Bom Senso voltou a protestar nesta terça-feira contra alguns deputados federais ligados à Bancada da Bola que pretendem alterar o refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes junto à União.

Está em discussão neste ano no Congresso a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), de autoria de Otavio Leite (PSDB-RJ), mas ainda não há um consenso entre parlamentares, Bom Senso e o governo.

O grupo, capitaneado por Paulo André e Alex, defende que a redação final da LRFE seja produzida pela Casa Civil antes de ser discutida e aprovada no Congresso Nacional.

O Bom Senso, grupo criado em 2013 pelos jogadores em princípio contra o calendário do futebol brasileiro, faz lobby para que a lei seja aprovada apenas se houver contrapartidas no gerenciamento dos clubes.

Por outro lado, a Bancada da Bola trabalha em direção oposta e tem irritado os líderes do movimento que está em conflito com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

De acordo com o Bom Senso, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) propõe em uma Medida Provisória referente à importação de peças para aerogeradores que os clubes possam parcelar as dívidas em 15 anos sem qualquer contrapartida.

De acordo com o site do Planalto, a MP 656 se refere a “reduzir a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP, da COFINS, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre a receita de vendas e na importação de partes utilizadas em aerogeradores, prorroga benefícios, altera o art. 46 da Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, que dispõe sobre a devolução ao exterior ou a destruição de mercadoria estrangeira cuja importação não seja autorizada, e dá outras providências”.

Em nota, o Bom Senso ataca o deputado. “Trata-se de acrescentar a um Projeto de Lei sorrateiramente um assunto que nada tem a ver com a matéria a fim de não chamar muita atenção”.

O Bom Senso informou que a emenda foi rejeitada pelo relator Romero Jucá (PMDB-RR), mas o senador sugeriu uma outra emenda ao artigo 142 do Projeto de Lei de Conversão Nº 18 DE 2014 que permite que o refinanciamento seja feito em 20 anos, novamente sem contrapartidas.

“A principal diferença entre as propostas do deputado Jovair Arantes e do senador Romero Jucá, é que o segundo foi ainda mais generoso, e em vez das 180 parcelas propostas pelo deputado, sugere 240 (20 anos) para que os clubes quitem as suas dívidas fiscais, ainda sem nenhuma contrapartida”, disse o Bom Senso.

“Torcedores e parlamentares, não se enganem: parcelar as dívidas dos clubes sem contrapartidas não significa salvá-los; muito pelo contrário, uma medida como essa continua pavimentando o caminho para o abismo, distanciando cada vez mais o futebol brasileiro do profissionalismo e da modernização”, completou.

Fonte: Terra
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