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Candidatos debatem perfil de treinador do Flamengo para 2016

11 nov 2015 - 19h56
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Ocupando o meio da tabela do Brasileirão, o clima no Flamengo já é de trabalhar no planejamento para 2016. As projeções, no entanto, passam necessariamente pelas eleições à presidência do próximo dia 7 de dezembro. Assim, os três candidatos já visualizam o perfil dos treinadores que gostariam que comandassem o time na próxima temporada caso sejam eleitos.

O atual mandatário, Eduardo Bandeira de Mello, que busca a reeleição pela Chapa Azul, começou a descrever o profissional que gostaria de ver no comando do Rubro-Negro. “Na minha visão, não precisa ser um nome de grife, um salvador da pátria. Tem que ser um treinador antenado, moderno, que saiba dar treinamentos com o que há de mais moderno no futebol mundial e busque a excelência”, declarou, em debate realizado na Espn.

Mas, quando parecia que estava sugerindo uma troca no atual comando técnico da equipe, fez uma ressalva. “Isso não quer dizer que vamos substituir o Oswaldo de Oliveira, até porque acredito que ele tem todos esses predicados”, completou.

Já na opinião de Wallim Vasconcellos, da Chapa Verde, que era aliado de Bandeira na eleição no fim de 2012 e foi vice-presidente de futebol em sua gestão mas rompeu com o atual mandatário, o técnico para o Flamengo deve ter um perfil aguerrido, determinado, e a vinda de um estrangeiro que se enquadre em tal perfil é vista com bons olhos.

“Tem que ser um treinador vencedor, com sangue nos olhos, não pode ser acomodado. Tem poucos disponíveis no Brasil com essa característica. Vamos conversar com dois ou três, ouvir seus planos para o Flamengo, e escolher o técnico como uma empresa escolhe seus funcionários. Não pode ser um aprendiz. Se não encontrarmos no Brasil, podemos buscar, o mercado sul-americano tem bons treinadores, precisamos encontrar alguém com o tamanho do clube”, definiu o agora opositor.

Por último, o candidato da Chapa Branca, Cacau Cotta, que foi vice-presidente do clube durante a administração de Patrícia Amorim, defende a utilização de um treinador “da casa”, e cravou que, sob sua administração, os nomes seriam Jayme de Almeida como técnico e Andrade, campeão brasileiro no comando do time em 2009, como auxiliar técnico.

“A história do Flamengo pede treinadores caseiros. Andrade, Carlinhos, Jayme, Zagallo. Para começar, em 2015 eu já iria de Jayme com Andrade de auxiliar. Se ganharmos, ganhamos todos, mas se perdermos, eu perdi, porque assumo a responsabilidade e assim será comandado nosso futebol”, defendeu.

Estádio e propostas

Durante o debate, ambos os opositores criticaram o modelo atual de gestão, enquanto Bandeira defendeu que sua eventual próxima administração seria pautada por continuidade e correção de erros que tenham sido cometidos. Um dos pontos pedidos pelos opositores é a obtenção de um melhor acordo para a utilização do Maracanã e, no caso de Cacau Cotta, a construção de um novo estádio para o clube.

De acordo com o presidenciável da Chapa Branca, ele já conversou com Aníbal Coutinho, arquiteto responsável pelo projeto da Arena Corinthians, para começar a idealizar uma nova casa para o Rubro-Negro. Além disso, Cotta defende ingressos a preços populares. Atualmente, para o jogo contra a Ponte Preta no Estádio Mané Garrincha, no dia 22 de novembro, pelo Campeonato Brasileiro, a entrada mais barata custa R$ 50, e é meia-entrada de arquibancada.

“O preço dos ingressos para um jogo do Flamengo não pode custar mais que um cinema na Barra da Tijuca. Se a gente não enfrentar isso, vamos perder o posto de maior torcida do Brasil. O preço não pode passar de R$ 20 ou R$ 25 atrás dos gols”, afirmou.

Wallim de Vasconcellos, por sua vez, diz ter acordo com investidores para que banquem os custos de manutenção do Maracanã e o clube possa se dizer efetivamente “dono do Maraca”. Enquanto isso, o atual presidente vê com bons olhos os benefícios que o Profut (acordo com o governo para renegociação das dívidas em troca de contrapartidas) pode trazer a longo prazo ao orçamento do Rubro-Negro, e promete ter foco na gestão desses recursos para fortalecer o futebol.

As últimas eleições flamenguistas, no fim de 2012, contaram com quase 2,5 mil votantes, incluindo sócios. A expectativa para o próximo pleito, do dia 7 de dezembro, é que o número de eleitores seja ainda maior.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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