Com Pato disperso, Corinthians “despreza” gol e acerta 2 chutes em 90min

Uma vitória para voltar ao G-4 depois de 49 rodadas. Rival fragilizado, em crise, e um caldeirão adormecido. Só 8 mil torcedores foram à Vila Belmiro, mas pouco mais de cinco mil eram santistas. O Corinthians, que saiu em vantagem com 3min de jogo, desprezou todos esses fatos favoráveis na noite desta quarta-feira e acabou com empate por 1 a 1.

Em 90 minutos de partida na Vila, o Corinthians com força máxima, exceção feita a Emerson, só concluiu duas vezes no gol de Aranha. Teve outras cinco finalizações para fora. A posse de bola ficou muito mais nos pés do Santos, que acabou com 60% de domínio e teve mais vibração.

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Os dois centroavantes utilizados por Tite, um em cada tempo, resumiram o dia em que o ataque do Corinthians voltou a ter desempenho apático. Guerrero jogou 45 minutos e apareceu mais na marcação que na frente. Conseguiu um desarme, mas nenhuma finalização. Mostrou algum espírito de luta, o que sequer Alexandre Pato conseguiu.

Dúvida para o clássico, Pato entrou porque Guerrero havia recebido pancada e não aguentou retornar do intervalo. Seu substituto foi apático e nem um desarme conseguiu. Também não finalizou e só deu sete passes. Pareceu, em vários momentos, intimidado pela vitalidade de Edu Dracena, que lhe acertou dois “chegas pra lá”.

Enquanto vários jogadores discutiam e trocavam empurrões no que redundaria em dois cartões vermelhos, Pato estava solitário no meio-campo. Abaixou, arrumou a chuteira e se voltou com a mesma postura de sempre. Em 45 minutos, só apareceu com relevância depois de um toque de letra.

É verdade que a postura cautelosa da equipe como um todo prejudica o setor ofensivo, um dos quatro piores do Campeonato Brasileiro. Mas Guerrero e Pato pouco contribuíram para mudar esse panorama. Sem ataque, o Corinthians também ficou sem G-4.