Conselheiro cita "desastre anunciado" com Muricy e pede técnico da base

O conselheiro Celso Leite, um dos principais opositores ao técnico Muricy Ramalho no Conselho Deliberativo do Santos, comemorou a demissão do treinador, anunciada oficialmente pelo clube no início da tarde desta sexta-feira. Leite citou a medida como um alívio por se tratar de um "desastre anunciado" devido as más atuações da equipe durante a temporada e já fez lobby pela efetivação de Claudinei Oliveira, comandante da equipe sub-20 e escolhido como interino para o confronto com o Grêmio, neste sábado, às 16h20 (de Brasília), na Vila Belmiro.

"Foram seis meses de esperança (para que caísse) e medo porque seria um desastre anunciado para o clube se ficasse. Passamos seis meses em desespero. A melhor notícia é que o Claudinei (Oliveira) dirigirá a equipe amanhã", disse, com um pedido.

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"Na minha opinião o Santos precisa renovar, precisa pegar um treinador novo, precisa acabar com as mesmices de contratar 'bacanões'. Agora é o momento da base e do seu treinador. A melhor alternativa é dar uma oportunidade para ele (Claudinei) nos próximos quatro ou cinco jogos. Se der certo, melhor. O que o Muricy faz por R$ 700 mil o Claudinei faz por R$ 5 mil", completou.

No início do ano, o membro do Conselho cobrou o treinador pelo uso dos jovens das categorias de base alegando que enviaria a taça à sua sala para que não esquecesse da geração campeã da última Copa São Paulo.

"Quero pedir ao Conselho Deliberativo do Santos para encaminhar um pedido ao Comitê Gestor sugerindo que a taça da Copa São Paulo de Futebol Júnior fique uma semana na sala do Muricy Ramalho, de frente para a cadeira dele", afirmou na ocasião.

Mais recentemente, em abril, Celso Leite foi aplaudido de pé em reunião do Conselho ao levar uma faixa com Renato Azevedo, outro conselheiro, à frente do plenário com os dizeres: "Muricy olha pra base" (sic). Na ocasião, foi entregue a Medalha do Mérito Peixeiro, maior honraria do clube, aos campeões da última e da Copa São Paulo de 1984 pelo clube.

Parte do Conselho Deliberativo ainda faz pressão pelas saídas do gerente de futebol Nei Pandolfo, do supervisor Felipe Faro e de membros do comitê gestor alegando que "só a saída de Muricy não adiantará".

Bastante pressionado, o técnico viu a sua situação no clube ficar ainda mais insustentável depois do erro na escalação da equipe na primeira final do Campeonato Paulista contra o Corinthians, no Estádio do Pacaembu. Muricy optou por um esquema com quatro volantes, o principal deles Marcos Assunção, e viu o time ser dominado durante toda a decisão. No Brasileiro, o Santos ainda não venceu e ocupa só a 14ª colocação.