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Decisão do MP envolvendo organizadas gera polêmica no Grêmio
O Ministério Público do Rio Grande do Sul, através da Promotoria do Torcedor, definiu que a arquibancada norte da Arena do Grêmio só poderá ser frequentada por torcedores de torcida organizada que estiverem cadastrados no clube. A decisão foi tomada após uma reunião entre o promotor José Seabra Mendes Júnior, dirigentes do Grêmio, Policia Militar, Corpo de Bombeiros, líderes de torcidas organizadas do Grêmio e dirigentes da Arena Porto Alegrense, empresa gestora do estádio gremista.
"O estatuto do torcedor prevê que as torcidas organizadas fiquem em local de fácil identificação e com seus componentes cadastrados pelo clube. Vínhamos observando já há algum tempo uma série de problemas frequentes com as torcidas e com isto queremos justamente acabar com a mitificação de que essas torcidas estão ligadas apenas a atos de violência", disse o promotor José Seabra Mendes Júnior.
A decisão do Ministério Público não agradou os dirigentes do Grêmio, que prometem levar para o Conselho Deliberativo do clube definir se o Grêmio vai ou não cumprir a decisão do MP.
"Nós fizemos constar em ata que o Grêmio não concorda com esta proposta do Ministério Público e vamos levar para debate no Conselho Deliberativo do clube para que se encontre uma solução mais adequada. Nós queremos cumprir o estatuto do torcedor e cadastrar os torcedores das organizadas, mas como vamos fechar um local que é para nove mil torcedores e deixar só para torcedores cadastrados, e se até o dia 30 de junho somente mil torcedores se cadastrarem, vamos ficar com o espaço vazio em uma decisão. Vamos ter que buscar uma outra solução", disse Nestor Hein, vice presidente do Grêmio.
A promotoria do torcedor destacou que esta decisão também vale para o Inter e o Estádio Beira-Rio. "Assim que o Inter definir o local onde irão ficar as torcidas organizadas o clube também terá que cadastrar os seus torcedores e somente os cadastrados poderão acessar o local", destacou o promotor José Seabra Mendes Júnior.
